sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Política de preços da Petrobras causa restrição na oferta de diesel

O fim da política de paridade de preços determinado pela Petrobras há três meses começa a impactar negativamente a oferta de óleo diesel em postos de combustíveis. Há restrição de…

O fim da política de paridade de preços determinado pela Petrobras há três meses começa a impactar negativamente a oferta de óleo diesel em postos de combustíveis. Há restrição de distribuição em pelo menos 15 Estados e no Distrito Federal.

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) obteve relatos de restrição da oferta em diversos postos. Além disso, sindicatos de revendedores já falam em risco de desabastecimento no país.

Segundo a Abicom, relatos de entraves na distribuição já chegaram de postos em Rondônia, Pará, Tocantins, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Dados da Abicon divulgados na quinta-feira 10 mostram defasagem do preço do diesel no Brasil de cerca de 30%. Com a política do governo Lula, o preço do produto ficou congelado, e os importadores reduziram as compras no exterior, onde o preço é maior.

A diferença entre o diesel vendido no Brasil e no exterior já chega a R$ 1,29 por litro. O país produz cerca de 75% do diesel consumido aqui, mas ainda precisa importar 25%.

Um gráfico produzido pela associação, com base no monitoramento dos preços praticados pela Petrobras e no mercado internacional, mostra a defasagem. A partir de maio de 2023, o preço passa a ficar sistematicamente abaixo da linha de paridade.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Minas Gerais informou que os postos mineiros estão com dificuldades para comprar diesel S10 e S500. Nesse sentido, a entidade alertou para o risco de desabastecimento. Isso pode acontecer em estabelecimentos no interior mineiro e de marca própria, que podem ficar sem diesel nos próximos dias se a situação não for normalizada.

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes confirmou casos de restrição em algumas regiões, embora ressalte que ainda não existe cenário de desabastecimento no país no momento, conforme notificou o Poder360.

Em nota, a Petrobras informou que “está cumprindo integralmente suas obrigações contratuais que assumiu com as distribuidoras”. A estatal também disse que o mercado brasileiro não é atendido só pela empresa, mas “também por distribuidoras, importadores, refinadores, formuladores, que têm plena capacidade de atender a demandas adicionais”.

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