quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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CÂNCER DE MAMA: cuidados contínuos podem evitar agravos

Os cânceres formam tumores conhecidos como neoplasias que, quando malignas, com crescimento contínuo e desordenado, têm potencial de se espalhar e invadir outros órgãos, produzindo metástases (INCA, 2022a,2022b; TIGRE et…

Os cânceres formam tumores conhecidos como neoplasias que, quando malignas, com crescimento contínuo e desordenado, têm potencial de se espalhar e invadir outros órgãos, produzindo metástases (INCA, 2022a,2022b; TIGRE et al., 2022). As estimativas de câncer em geral, fundamentais para o planejamento das ações de controle, têm caráter trienal. Atualmente, são estimados 21 tipos de câncer mais incidentes no Brasil (INCA, 2022a), entre eles o de mama.

Para o Brasil, a estimativa para o triênio de 2023 a 2025 aponta que ocorrerão 704 mil casos novos de câncer, 483 mil se excluídos os casos de câncer de pele não melanoma, estimado como mais incidente com 220 mil casos novos (31,3%). Seguem os cânceres de mama com 74 mil (10,5%), próstata com 72 mil (10,2%), cólon e reto com 46 mil (6,5%), pulmão com 32 mil (4,6%) e estômago com 21 mil (3,1%) casos novos. Os dois tipos de câncer mais frequentes em homens são pele não melanoma com 102 mil (29,9%) e próstata com 72 mil (21,0%). Nas mulheres, aparecem os cânceres de pele não melanoma com 118 mil (32,7%) e de mama com 74 mil (20,3%), seguidos de outros tipos de cânceres (INCA, 2022a; SANTOS et al., 2023).

O câncer de mama (CM) é doença causada pela proliferação desordenada de células do tecido mamário e tende a progredir com o avançar da idade, associado ao acúmulo de exposições ao longo da vida e a alterações biológicas trazidas pelo envelhecimento(MOREIRA et al., 2021). É o câncer mais diagnosticado em mulheres em todo o mundo, com estimativa de cerca de 2,3 milhões (11,7%) de novos casos por ano, com taxa de mortalidade de 450 mil a cada ano (DRUMMOND; RICARDO JÚNIOR; FERREIRA, 2022).

Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente, mas a maioria dos casos responde bem ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início. Embora raro(apenas 1% dos casos), o câncer de mama também ocorre em homens (INCA,2021, 2022b). No Brasil, o câncer de mama é considerado um complexo problema de saúde pública devido à sua importância epidemiológica, social e econômica (COSTA et al., 2021; MOREIRA et al., 2021).

O câncer de mama tem alta frequência e efeitos psicológicosimportantes, tais como: alterações da sexualidade e da imagem corporal, medo derecidivas, ansiedade, dor e baixa autoestima, desconforto psicológico ou diagnósticos psiquiátricos, elaborações psicológicas (como infertilidade,medo da morte, ruína financeira) e dificuldade de aceitação. Incarp (2023) acrescenta problemas sociais (preconceitos, dificuldades de adaptação e isolamento social), físicos (indisposição, doenças de pele emusculoesqueléticas),metabólicos (aumento das taxas de colesterol e açúcar no sangue), cardiovasculares e respiratórios (episódios de dispneia e cansaço, hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio) e outras doenças que atingem outros órgãos (cólon do útero, endométrio, rim, vesícula biliar) – todos com elevados custos para tratamento(SILVA et al., 2021; FRAZÃO et al., 2023).

São reconhecidas duas classificações de fatores de risco: os modificáveis ou comportamentais e os não modificáveis ou intrínsecos. Os primeiros referem, entre outros,tabagismo, exposição excessiva à radiação solar, alimentação inadequada (dietas não saudáveis), obesidade, consumo de álcool e outras drogas, sedentarismo, uso de anticoncepcionais orais e terapia de reposição hormonal. Os fatores não modificáveisestão relacionados a: sexo, idade, menarca precoce, menopausa tardia, alta densidade mamária, alterações genéticas, história familiar, nuliparidade ou paridade tardia após 30 anos e herança genética (DIAS; FLOTÉ; VALEJO, 2021; INCA, 2022a).É essencial o conhecimento desses fatores de risco pelas mulheres, uma vez que seu conhecimento “permite instituir formas de realizar prevenções primária e secundária” do câncer de mama (DIAS; FLOTÉ; VALEJO, 2021, p. 49).

A idade é um dos fatores de risco mais relevantes, pois a maioria dos casos ocorre em pacientes acima de 40 anos. O risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, sendo maior a partir dos 50 anos (SILVA; RIUL, 2011; INCA, 2020b; MOREIRA et al., 2021; INCA,2022b).A maioria dos carcinomas ocorre nos anos mais tardios da vida (> 55 anos), sendo a principal causa mortis entre mulheres com idade entre 40 e 79 anos (INCARP, 2023). Essa incidência crescente se deve ao acúmulo de mutações somáticas (fatores endógenos e exógenos) associadas ao surgimento das neoplasias malignas (COSTA et al., 2021).

Entre os fatores de risco para o câncer de mama, os fatores endócrinos e características reprodutivas envolvem estímulo estrogênico; menarca precoce (menos de 12 anos); menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez (após os 30 anos), nuliparidade (não ter tido filhos), uso de contraceptivos orais e terapia de reposição hormonal pós-menopausa (INCA, 2020a; DIAS; FLOTÉ; VALEJO, 2021; INCA, 2022b). Os fatores genéticos ou hereditários estão relacionados à presença de mutações em determinados genes, como BRCA1 e BRCA2 – os mais frequentes(DRUMMOND; RICARDO JÚNIOR; FERREIRA, 2022). O câncer de mama de caráter hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos (INCA, 2022b).

A história familiar e pessoal inclui situações diversas: histórico de câncer de mamana família (em mãe, irmã ou filha, principalmente antes dos 50 anos), em parentes de primeiro grau ou consanguíneos,parentes com câncer de mama masculina,câncer de mama ou doença mamária benigna, quepodem ter alta predisposição genética para a doença(SILVA; RIUL, 2011; MOREIRA et al., 2021; INCA, 2022b).Quanto à radiação ionizante, risco de câncer de mama é proporcional à dose e à frequência: doses altas ou moderadas de radiação ou doses baixas e frequentes (dezenas de mamografias) aumentam o risco de câncer de mama. O risco aumenta à medida que aumenta a exposição a raios-X, mamografia e tomografia (SILVA; RIUL, 2011; MOREIRA et al., 2021; INCA, 2022b).

Os fatores comportamentais e ambientais têm evidências mais sólidas com a ingestão de bebida alcoólica, alimentação à base de produtos industrializados, obesidade e excesso de gordura corporal, inatividade física (sedentarismo), tabagismo e exposição à radiação ionizante (INCA, 2020a, 2022b; DRUMMOND; RICARDO JÚNIOR; FERREIRA, 2022).Hábitos ou estilos de vida não saudáveis são importantes fatores de risco para formas de cânceres, entre eles, o de mama.

A obesidadee dieta rica em gordurasaumentama taxa de formação de estrógeno e de andrógenos circulantes no tecido adiposo, principalmenteno climatério (CIBEIRA; GUARAGNA, 2006; MOREIRA et al., 2021).O uso regular de álcool (etanol) acima de 60 gramas/dia éimunodepressor; como o etanol funciona como solvente, facilita a entrada de outras substâncias carcinógenas nas células. O tabagismo ativo (fumante) ou passivo (exposição à fumaça do cigarro) é reconhecido como agente carcinogênico com limitada evidência de aumento do risco de câncer de mama em humanos(INCA, 2020a). O hábito contínuo de consumo de tabaco por pacientes com câncer diminui a sobrevida, aumenta o risco para cânceres secundários, reduz a efetividade do tratamento e diminui a qualidade de vida; é “agente carcinogênico com evidência de risco e de piora na resposta terapêutica do câncer de mama, levando a maior mortalidade durante o tratamento, em relação a uma paciente que nunca foi tabagista” (SPOLADOR et al. 2021, p. 36).

O sedentarismo designa que as pessoas gastam menos de 2.200 calorias por semana e tende a induzir a obesidade, uma das principais consequências da ausência de atividade física (inércia) e, na maioria dos casos, acompanhada por hábitos alimentares ruins.O surgimento do câncer tem grande relação com o sedentarismo, e estima-se que o estilode vida sedentário esteja associado a pelo menos 5% das mortes por câncer (PRADO, 2014).Cerca de 25% de todas as ocorrências de câncer no mundo são causados por obesidade e estilo de vida sedentário, fatores de risco que podem ser minimizados pela realização de exercícios físicos, com impactos positivos na redução da progressão da doença, na recorrência e na melhora nas taxas de sobrevivência.Na contramão do sedentarismo, a atividade física promove o equilíbrio nos níveis de hormônios e o fortalecimento do sistema imune: contribui para reduzir e controlar a incidência de câncer.A atividade física regular diminui o risco para cânceres de fígado, cólon, pâncreas, mama, estômago; combate o sedentarismo, ajuda no controle do peso corporale aumenta o bem‑estar geral (PRADO, 2014).Drummond, Ricardo Júnior e Ferreira (2022) destacam também osbenefícios físicos e efeitos fisiológicos e psicológicos positivos das atividade física: auxilia no pós-diagnóstico, no prognóstico, na sobrevida e na recorrência do câncer de mama e aumenta a qualidade de vida de seus sobreviventes.

O câncer de mama está entre os tipos de câncer que podem ser detectados em suas fases iniciais por apresentarem alguns sintomas característicos. Sua identificação precoce traz melhores resultados no tratamento e ajuda a reduzir a mortalidade. A principal manifestação da doença é o nódulo, geralmente indolor, duro e irregular. Qualquer nódulo “diferente da nodulação normal da mama, em mulheres com 50 anos ou mais deve ser investigado, bem como os que persistirem por mais de um ciclo menstrual em mulheres com mais de 30 anos” (INCA, 2021, p. 31). O nódulo está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher. Independentemente da idade, as mulheres devem permanecer atentas em relação à saúde das mamas: conhecer o que é normal em seu corpo e as alterações consideradas suspeitas de câncer de mama é fundamental para a detecção precoce dessa doença. A detecção precoce ajuda a reduzir a mortalidade e traz melhores resultados no tratamento de alguns tipos de câncer. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres (INCA, 2022b).

Os principais sinais e sintomas de câncer de mama são:pequenos nódulosna mama (caroços, consistência endurecida, fixos, geralmente indolores), nas axilas ou no pescoço;dor mamária ou no mamilo (embora, na maioria das vezes, o câncer de mama não cause dor nos seios ou nos mamilos); alteração no aspecto da mama, com vermelhidão, mama retraídasemelhante a uma “casca de laranja”, aumento progressivo do tamanho da mama com sinais de edemaou retrações do mamilo (volta-se para dentro, mudança no formato do mamilo); eliminação de líquido anormal pelos mamilos (na maioria das vezes, sero-sanguinolento); tumoração palpável unilateral em homens com mais de 50 anos (INCA, 2021).Essasalterações precisam serinvestigadas o quanto antes, porque podem não referir câncer de mama, mas estar relacionadas a doenças benignas da mama (INCA, 2021, 2022b). Os cânceres demama localizam-se, principalmente, no quadrante superiorexterno, e em geral, as lesões são indolores, fixas e com bordasirregulares, acompanhadas de alterações da pele quandoem estádio avançado.

O diagnóstico do câncer de mama é baseado em exame clínico e avaliação histopatológica. Os métodos mais empregados para diagnóstico são o autoexame das mamas, o exame clínico e exames de imagem como a mamografia, a ultrassonografia e ressonância magnética.Diante da suspeita ou confirmação da doença, é feito seu estadiamento. Estadiar é avaliar o estágio da doença e seu grau de comprometimento – localização, evolução, extensão e disseminação, se está afetando as funções de outros órgãos do corpo ou se está restrita ao órgão de origem (INCA, 2020b). Ele pode ser clínico (baseado em exame físico, biópsia e exame de imagem) e patológico ou cirúrgico (baseado na análise da amostra de tecido removido durante a cirurgia), o que permite ao médico oncologista propor o tratamento mais adequado para cada paciente, já que as propostas de tratamento são diferentes para pacientes com o mesmo tipo de câncer, mas com estadiamentos diferentes (INCA, 2020b).

Podem ser identificados quatro estágios do câncer de mama e suas respectivascaracterísticas (INCA, 2020b; BARRIOS et al., 2022): a) estágio 0 – câncer de mama in situ(não invasivo, restrito ao local de origem, não se disseminou), com os tumores limitados aos ductos mamários; b) estágio 1 – câncer de mama em estágio inicial: tumores menores que 2 cm,limitados à mama; c) estágio 2 – câncer de mama em estágio inicial: tumores menores ou iguais a 2 cm(ou entre 2 e 5 cm) com linfonodos comprometidos, ou com tumores maiores que 5 cm sem atingir os linfonodos; tratamento conservador com remoção do tumor ou retirada da mama e subsequente reconstrução mamária (INCA, 2020b);d) estágio 3 – avançado, tumores maiores, localizados, já se espalhou para os nódulos linfáticos ou outros tecidos da mama, mas não para outros locais do corpo; tumores menores, iguais ou maiores que 5 cm, linfonodos axilares comprometidos, ou estendidos para a parede torácica (com inchaço ou ulceração da mama), ou para a pele; quimioterapia é a modalidade terapêutica de escolha para início do tratamento sistêmico, na maioria das vezes; pode-se associar ou incluir tratamento local, com radioterapia ou cirurgia; estágio 4 – câncer metastático:tumoresespalhados para outros locais do corpo (fígado, rins, pulmões, intestinos, ossos, cérebro ou outros tecidos); a escolha terapêutica busca equilibrar resposta do tumor aotratamento e aumento da sobrevida; a equipe multidisciplinar avalia os efeitos colaterais do tratamento e omelhor suporte para a qualidade de vida no enfrentamento da doença; terapia sistêmica é a intervenção de escolha(INCA, 2020b; COSTA et al., 2021).

As modalidades de cuidado do câncer de mama podem ser agrupadas em tratamento local, com cirurgia (remoção total ou parcial do tumor) e radioterapia; e sistêmico, com quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (INCA, 2020b, 2022a). A escolha da melhor associação das terapias considera o estadiamento clínico anatômico e/ou patológico, o tipo histológico, a presença de receptores(como estrogênio) no tumor e estado de saúde da paciente.Antes da cirurgia e da definição do tratamento, faz-se uma avaliação mínima do sangue – hemograma completo, testes de função hepática e renal, fosfatase alcalina e cálcio (BARRIOS et al., 2022).

A maioria dos casos de câncer de mama, quando tratados adequadamente, em tempo oportuno, apresenta bom prognóstico. A ciênciae a evolução tecnológica proporcionaram forte desenvolvimento da terapêutica para o câncer de mama, com cirurgias minimamente invasivas, tratamento individualizado de acordo com o estadiamento clínico e patológico da doença, características biológicas do tumor, condições da paciente como idade, níveis séricos de hormônios, comorbidades e preferências (PEREIRA; OLIVEIRA; ANDRADE, 2018; INCA, 2020b).

A prevenção primáriado câncer de mama se associa diretamente com o“controle dos fatores derisco, principalmente aqueles referentes ao estilo de vida e aodiagnóstico precoce através do rastreamentoem pacientes com sinais e sintomas da doença” (COSTA et al., 2021,p. 2). Esse controle é feito pela detecção precoce por meio do rastreamento, principalmente por meio de: exame clínico das mamas (ECM), autoexame das mamas (AEM) e mamografia (MMG) (OLIVEIRA et al. 2020;COSTA et al., 2021).

O ECM faz parte do atendimento integral da mulher. É exame sugerido aos 20 anos de idade com regularidade trienal até os 39 anos,é anual a partir desta idade e bienal nas mulheres entre 50 e 69 anos, sem história familiar. Alguns tumores não são perceptíveis à palpação, mas podem ser identificados pela mamografia. O ECM faz parte do exameginecológico e físico, independentemente da idade da mulher e serve de base para os examescomplementares. Não possui efeitos adversos. Desvantagens: excesso de biópsias de lesões benignas, sensação de segurança após resultadode exames falso-negativos e perturbação psicológica nos falso-positivos (SILVA; RIUL, 2011; OHL et al., 2016).

No AEM, a mulher observa, palpa e inspeciona as mamas para se certificar se existem alterações que indiquem a presença de câncer de mama – o que pode ser feito sempre que se sentirem confortáveis (como no banho, na troca de roupa), sem necessidade de aplicar alguma técnica específica. Valoriza a descoberta casual de pequenas alterações mamárias como nódulos, coloração etc. O AEMnão deveser subestimado pela mulher, que deve ficar atenta e vigilantepara o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas denódulos mamários; é útil para o controle da saúde, não possui efeito adverso e proporciona a participação da mulher em seus próprios cuidados. Com sinais sugestivos de câncer de mama, a mulher deve procurar avaliação médica o mais rapidamente possível, porquequaisquer alterações no AEM podem indicar doença em estágios mais avançados.Éconduta recomendada entre o sétimo e o décimo dia após a menstruação, quando a mama está menosconsistente, indolor e tem tamanho reduzido. Na ausência de menstruação (amamentação,histerectomias, climatério), escolhe-se um dia do mês, repetindo o AEM na mesma data nos meses subsequentes (SILVA; RIUL, 2011; BUSHATSKY et al., 2014; OHL et al., 2016).Desvantagens: maior número de biópsias de lesões benignas, falsa sensação de segurança nos exames falso-negativos e impacto psicológico nos falso-positivos.

A MMG é exame radiográfico empregado, preferencialmente, em mulheres acima de 40 anos de idade para sondar se há alterações sugestivas de malignidade, antes que apareçam os sinais e sintomas (SILVA; RIUL, 2011). É método diagnóstico imprescindível de patologias mamárias, reconhecido como exame padrão e o único método derastreamento para o câncer de mama nodiagnóstico precoce (INCA,2021), apesar de risco (baixo) da exposição à radiação ionizante por excesso de mamografias, desde idades mais jovens, ou sem controle de qualidade. É recomendada a mamografia de rotina a cada dois anos para mulheres comidade entre 50 a 69 anos, sem aparentes sinais e sintomas da doença (INCA, 2021). Também existea ressonância nuclear magnética (RNM),método de imagem de escolha para pacientes com mutações genéticas, cuja aplicação clínica é relacionada ao estadiamento de tumores,juntamente com a mamografia. Aultrassonografia, único método usado isoladamente, também pode ser empregada para rastreio adjuvante, com foco principalem mulheres com diagnóstico prévio de tecido mamário denso e histórico de fatores de risco (BARCELOS et al., 2020).

Quando se fala em prevenção do câncer de mama, Oliveira et al. (2020) e Costa et al. (2021) consideram três divisões: prevenção primária, secundária e terciária, baseada na intervenção e o estadiamento.

Na prevenção primária, a intervenção antecede a instalação do processo patológico e se baseia emalterar a exposição aos fatores modificáveis com o objetivo de reduzir o número de pessoas acometidas e o risco do aparecimento de novos casos. Colocam-se em prática as medidas consideradas modificáveis que envolvem o cotidiano para uma boa qualidade de vida e hábitos de vida saudáveis, como: controlar peso (obesidade),ingerir bebidasalcóolicas com moderação, não fumar (o tabaco influencia na progressão do câncer de mama), manter uma alimentação balanceada (produtos naturais e menos industrializados), praticar exercícios físicos regulares, amamentar, evitar ou proteger-se contra a exposição à radiação iônica e aos pesticidas (ROCHA et al., 2020; CAMPOS et al., 2022).

Naprevenção secundária, não se têm sintomas, mas a patologia jáse iniciou. A prevenção visa alterar a progressão da doença pela detecçãoe tratamento precoces. Além do rastreamento, omonitoramento é feito por meio do ECM, através da mamografia. Após os 40 anos de idade, toda mulher deve submeter-se ao exame clínico das mamas anualmente (SALDANHA et al., 2019; COSTA et al., 2021).Nesta fase, é preciso oferecerfácil acesso à mamografia de rastreio e outros recursos (ultrassonografia e ressonância magnética).Inclui: rastreio para controle dos fatores preventivos, orientações e informações à população e aosprofissionais da saúde sobre o reconhecimento dos sinais e sintomas precoces; campanhas educativas e capacitação dos profissionais;conscientização pararemoção das barreiras e diminuição da taxa de mortalidade pela doença;acesso humanizado ao tratamento de qualidade; confirmação diagnóstica precoce (OLIVEIRA et al., 2020).O início do rastreamento da população alvo é considerado prevenção secundária, porqueinterfere na história naturalda doença, evita sua progressão aestágios mais avançados com prognósticos piores.

A prevenção terciária ocorre quando a doença já teve seu início biológico com sintomas. Objetivo: recuperação ou manutenção do equilíbrio funcional, melhora naqualidade de vida (a doença e seu tratamento geram dolorosas limitações sensitivas, motoras, cognitivas e psicológicas); assistência psicológica e de reabilitação, apoio e orientação paratroca de experiências, conforto e recuperação biopsicossocial (BUSHATSKY et al., 2014; OLIVEIRA et al., 2020).

A prevenção do câncer de mama se fundamenta no controle dos fatores de risco modificáveis e promoção de fatores de proteção. O “rastreamento e o diagnóstico precoce são componentes importantes para o controle do câncer, mas são estratégias fundamentalmente diferentes nos recursos e requisitos de infraestrutura, impacto e custo” (INCA, 2021, p. 9). Estima-se que, atualmente, seja possível reduzir o risco de a mulher desenvolver câncer de mama com a adoção de algumas medidas como: praticar atividade física, manter peso corporal adequado, adotar alimentação saudável e evitar/reduzir o consumo de bebidas alcóolicas. Amamentar é uma prática protetora e deve ser incentivada e realizada pelo maior tempo possível. Não fumar e evitar o tabagismo passivo podem contribuir para reduzir o risco de CM (INCA, 2020a).

Geralmente, o diagnóstico de câncer de mama produz umefeito devastador na vida da pessoa nas esferas emocional, social e material, carreando medo de mutilações e desfigurações,parada ou irregularidade da menstruação e infertilidade, preocupações com a corporeidade,preconceitos, incertezas quanto à recuperação, perdas ou morte (ALMEIDA; GUERRA; FILGUEIRAS, 2012).O câncer de mama é, provavelmente, o tipo de câncer mais temido pelas mulheres e projeta uma percepção negativamais elevada sobre a sexualidade e a própria imagem pessoal.

É pertinente a preocupação com a feminilidade afetada, em que os seios fazem parte do padrão de beleza e fertilidade (CARVALHO; AQUINO; SOUZA, 2021), representam a identidade feminina, estão ligados à autoestima, à autoimagem corporal, à sexualidade, à maternidade (poder amamentar) e à intimidade com o parceiro. A mulher mastectomizadapode tornar-se ansiosa, vulnerável, deprimida e insegura em relação ao seu parceiro, o que repercute negativamente na vida do casal (SILVA et al., 2021; GOMES; MIRANDA; ROCHA, 2022; FRAZÃO et al., 2023): perder a mama simboliza a perda da “feminilidade e da sexualidade feminina, da qualidade da relação com o parceiro e da imagem corporal” (TIGRE et al., 2022, p. 1384), e tende a afetar o relacionamentos social, afetivo, conjugal e de lazer (PEREIRA; GOMES; OLIVEIRA, 2017).

Durante o tratamento, essas mulheres “vivenciam perdas físicas e financeiras, e sintomas adversos como sentimento de perda, depressão, autoimagem prejudicada com diminuição da autoestima, medo de morte e da libido sexual, além de constantes adaptações às mudanças físicas, psicológicas, familiares, sociais e emocionais ocorridas” (SILVA et al., 2021, p. 3). Koch et al. (2017) destacam a depressão, mais presente em pacientes jovens após diagnóstico do câncer,como responsável maior por aportarsobrecarga emocional, desencadeardiversas reações e funcionar comogatilho a outros distúrbios mentais. O próprio tratamento amplia o riscoe a intensidade dos sintomas depressivos e seus efeitos colaterais, prejudicando a qualidade de vida.

Almeida, Guerra e Filgueiras (2012), Salgado et al. (2021)e Tigre et al. (2022) salientam que o câncer de mama, além de afetar a percepção de sexualidade (fria e distante) e a imagem corporal(não se acha mais atraente), provoca abalos a partir do diagnóstico até a fase de tratamento.As consequências do diagnóstico de câncer de mama podem afetar a saúde mental da mulher, sendo necessário receber suporte psicológico (CARVALHO; AQUINO; SOUZA, 2021). Diante dos impactos (físicos, psicológicos, sociais, culturais, espirituais) e suas consequências, Vale et al.(2021, p.13) pontuam que o câncer de mama, assimcomo os outros tipos de câncer, faz emergir a necessidade do acompanhamento de umpsicólogo, dedicado a avaliar e contornar tais impactos por meio de estratégias que reduzam o sofrimento decorrente do diagnóstico, do tratamento ou mesmo da impossibilidade de cura.Por ser doença multifatorial, com efeitos permanentes ou temporários para a mulher,atenção, apoio, acolhimento humanizado e assistência multidisciplinar a mulheres com câncer de mama são altamente benéficos e se têm mostrado importante recurso terapêutico (GOMES; MIRANDA; ROCHA, 2022).

O psicólogo tem sua função exercida nos âmbitossecundário e terciário de atenção à saúdee trabalha com o processo de acolhimento, apoio e atenção psicológicaa mulheres com câncerde mama.É de sua competência realizar atividades para atendimentopsicoterapêutico, grupos psicoterapêuticos e de psicoprofilaxia, atendimentos emambulatório, em unidades de terapia intensiva e pronto atendimento, avaliação diagnóstica e psicodiagnóstica, enfermarias, consultoria e interconsultoria (CFP, 2019) – portanto o psicólogo atua na hospitalização (identificação da patologia) e no acompanhamento das sequelas e consequências emocionais decorrentes do adoecimento, de modo preventivo, evitando o agravamento doproblema e seus efeitos supervenientes.

O trabalho do psicólogo em relação à paciente com câncer de mama extrapola, portanto,a assistência habitual e busca “integrar o aspecto clínico com os aspectos psicológico, familiar, social e espiritual […]; unir esforços de uma equipe multidisciplinar para oferecer o cuidado mais abrangente possível […], mas, sobretudo, integrar as várias dimensões do ser, isto inclui também o aspectoespiritual”(FERREIRA; LOPES; MELO, 2011, p. 91-93) – espiritualidade como fonte de conforto e suporte paraenfrentamento da doença. Deve estimulara adesão aotratamento,para favorecer a adaptação dos limites e mudanças impostos pela doença; auxiliar no manejoda dor e do estresse associados; preparar a paciente para a execução deprocedimentos invasivos dolorosos eenfrentamento de possíveis consequências;melhorar o ajustamento psicossocial; favorecer a reintegração à vida cotidiana para alcançar melhor qualidade de vida e rever valores para o retorno à vida profissional, familiar e social ou, em último caso, para o final da vida (SCANNAVINO et al., 2013).

Por fim, ao proporcionar apoio psicológiconesse momento da vida da mulher, a psicologia contribui para melhor compreensão do que ocorrecom seu corpo e mente em cada estágio da doença, busca incentivá-la ao tratamento necessário à cura e recuperação da sua saúde física e mental. À psicologia também cabe fornecer orientações específicas sobre o diagnóstico, o próprio câncer de mama, adesão ao tratamento, acompanhamento e, sobretudo, acolhimento da mulher diante dos impactos que a doença pode causar (CARVALHO; AQUINO; SOUZA, 2021).

O conhecimento sobre os fatores de risco, rastreamento, detecçãoprecoce e prevenção é de fundamental importância para o melhor acompanhamento médico e obtenção de resultadospositivos no tratamento, com suporte no desenvolvimento de resiliência e na qualidade de vida da paciente com câncer de mama. Oliveiraet al. (2021, p. 140) conformam que a “amenização da depressão, ansiedade, angústia e medo é proporcionada quando há umaintervenção de terapeutas e psicólogos”, os quais, segundo Bushatskyet al. (2014)são capazes de contribuir para a recuperação física, evitando complicações, e mental, proporcionando acolhimento, conforto e segurança no enfrentamento da doença.

REFERÊNCIAS

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BARRIOS, C. H.; AMORIM, G.; TAVARES, M.; CRUZ, M.; SAHADE, M.; BEDIN, S. R.; REINERT, T. Mama: estadiamento. Diretrizes de tratamentos oncológicos recomendados pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. [s.l]: Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC), 2022. 23 p.

BUSHATSKY, M.; LIMA, K. D.; MORAES, L. X.; GUSMÃO, L. T. B.; BARROS, M. B. S. C.; FIGUEIRA FILHO, A. S. S. Câncer de mama: ações de prevenção na atenção primária à saúde. RevEnfer UFPE, Recife, v. 8, n. 10, p. 3429-3436, out. 2014.

CAMPOS, M. S. B.; FEITOSA, R. H. F.; MIZZACI, C. C.; VON FLACH, M. R. T.; SIQUEIRA, B. J. M.; MASTROCOLA, L. E. Os benefícios dos exercícios físicos no câncer de mama. ArqBrasCardiol., v. 119, n. 6, p. 981-990, 2022.

CARVALHO, S. S.; AQUINO, L. S.; SOUZA, J. C. P. O atendimento psicológico em pacientes mulheres com câncer de mama. BrazilianJournalofDevelopment, Curitiba, v. 7, n. 10, p. 97065-97082, Oct. 2021 18 p.

CIBEIRA, G. H.; GUARAGNA, R. M. Lipídio: fator de risco e prevenção do câncer de mama. Rev. Nutr., Campinas, v. 19, n. 1, p. 65-75, jan./fev. 2006.

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