domingo, 6 de outubro de 2024
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Porque não voto na esquerda

Pensei bastante antes de começar a escrever este texto para publicação exatamente hoje, dia de eleições municipais em primeiro turno em todo o país. Pensei, pensei, pensei e decidi elencar…

Pensei bastante antes de começar a escrever este texto para publicação exatamente hoje, dia de eleições municipais em primeiro turno em todo o país. Pensei, pensei, pensei e decidi elencar as razões que me levam diretamente a rejeitar a opção de, em qualquer tempo, votar em candidatos filiados a partidos da esquerda. 

E acabei encontrando diversas razões para esta posição política pessoal. 

Uma delas é a história da esquerda mundial, invariavelmente enrolada com escândalos, roubos do dinheiro público e barbaridades cometidas por seus líderes, sem contar crimes igualmente graves, assassinatos e opressão, por exemplo. 

Por isso e por outras razões, a atuação política da esquerda se mistura com regimes totalitários, o comunismo e o nazismo principalmente por conta da idolatria aos seus líderes, e o fascismo, em que o estado é sempre superior ao cidadão e aos seus direitos individuais. 

Longe de qualquer intenção de filosofar ou dar aula de história, este artigo é de opinião pessoal, com o exercício do direito de livre manifestação do pensamento, definido no Artigo 5º da Constituição de 1988 – antes que algum militante contrário possa argumentar qualquer arroubo de discurso de ódio, maniqueísmo, etc  

Este não é mais um artigo da luta do bem contra o mal. Ponto final. 

Minhas razões para rejeitar o voto em políticos da esquerda brasileira vem dos tempos do militarismo (1964-1981), em que o Brasil foi administrado por membros das Forças Armadas, com direitos e liberdades controlados pelo Estado – antes de mais nada, sem nenhuma comparação a regimes totalitários e sanguinários implantados em tantos outros países – e que, por exemplo, registrou os menores índices de violência e os maiores de crescimento. 

Militares não tinham bandeiras ideológicas; não tinham doutrinas e muito menos ídolos, exatamente ao contrário dos partidos de esquerda que, invariavelmente, apregoam ensinamentos e idolatram personalidades às vezes caricatas de modelo. Che Guevara, por exemplo. 

A redemocratização iniciada em 1981, marcada pelo fim do exílio a adversários políticos do governo militar (Fernando Gabeira, José Dirceu, Fernando Henrique Cardoso e Caetano Veloso, entre outros) foi uma exigência de políticos da esquerda. Também foi exigência negociada no Congresso Nacional com forte pressão de artistas e de parte da imprensa a instituição da liberdade de expressão, incluindo o financiamento de obras e produções culturais. 

Em 1985, quando a maioria dos brasileiros não dava a menor bola para as chorumelas da esquerda, os políticos anti-regime encontraram na classe artística e nas universidades a força que necessitavam para envolver o cidadão comum na campanha, primeiro, da votação direta para presidente da República. Depois, para a edição de uma nova Constituição, a de 1988. 

Sem mais delongas, afirmo: foi neste ponto que o Brasil iniciou sua desabalada carreira em direção ao abismo da corrupção. 

A quantidade de partidos políticos, por exemplo, saltou de 2 para 5 no final do governo militar e, agora, já bate na casa dos 40. Onde não havia gasto de nenhum centavo de dinheiro público, hoje jorram bilhões de reais tirados das costas de todos nós. 

A liberdade de expressão exigida, por exemplo, por Caetano, Gilberto Gil, Gabeira, família Marinho (TV Globo), os Mesquita (O Estado de S.Paulo) e vários outros nomes das artes, descambou para a pornografia, a difusão de ideologias como a de gênero e o fim da hegemonia familiar. 

O acesso de ladrões aos cofres públicos era, enfim, o único objetivo de quadrilhas que se formaram nos porões da então desejada democracia. O que eles queriam era, na verdade, era a chave dos cofres para, em conluio com a esquerda mundial, estabelecer um projeto de poder que incluía o Brasil. 

O chavismo na Venezuela, por exemplo, é resultado da “revolução cubana” que, igualmente, condena até hoje os dois países a terem população miserável e governantes milionários. 

Para chegar ao domínio, por exemplo, com a eleição de Lula em 2002, a esquerda contou com o dinheiro oferecido por empresas amigas – algumas que, anos depois, foram reveladas nos esquemas de corrupção descobertos pela Lava Jato. Desde 2002, uma penca de políticos da esquerda saíram de uma vida social recatada para a condição de milionários como resultado daquela tal luta por democracia já citada neste texto. 

Os bilionários do poder, hoje, eram cidadãos comuns que levaram cidadãos incautos a gritarem nas ruas contra os militares e que se valiam do vitimismo cantarolando pela classe artística e a imprensa para enganar multidões.

Quem da minha época não se encantou com Fafá de Belém cantando o Hino Nacional nos comícios das Diretas Já? Quem não se iludiu ao menos um pouco com as lorotas de Lula sobre tirar milhões de brasileiros da miséria, representar o país internacionalmente, apoiar a iniciativa privada blá, blá, blá?   

Eu iniciei no rádio em 1974 como locutor, no meio do período da ditadura, e nunca me senti tão oprimido, perseguido e silenciado como agora, na tal democracia defendida pela esquerda. 

Era maravilhoso entender mensagens subliminares das músicas, poemas e até nas novelas – um encanto quebrado com a “liberdade” dos discursos inflamados e até do nu frontal nas revistas. Só os mais antigos entenderão isso, com uma boa dose de saudosismo de nossa ingenuidade. 

Éramos engodados pela fantasia das imagens em preto e branco, mas não éramos roubados e oprimidos como hoje, no Brasil quase inteiro colorido de vermelho comunista. 

Formei-me em Comunicação Social 30 anos depois, já quando as universidades estavam contaminadas pelo progressismo da esquerda.

Minha rejeição a partidos e a políticos da esquerda ainda inclui razões religiosas, morais e conceituais. Mas, certamente sairia da história para entrar em campos de subjetividade e, assim, dar margem para esquerdistas, por exemplo, afirmarem que estes são itens “pessoais” demais. 

Eu rejeito a esquerda porque foi ela quem quebrou um ritmo, um projeto, uma sequência de desenvolvimento que o Brasil tinha quando as chaves dos cofres ficaram em mãos limpas e seguras. 

Eu rejeito a esquerda porque ela se meteu no seio familiar e ditou padrões deformados de como se criar filhos, estabelecer a hierarquia em um lar e como se comportar em sociedade. 

Rejeito porque a esquerda é culpada pelo avanço da violência, do tráfico de drogas, do contrabando de armas, do fortalecimento das milícias e facções criminosas, das quadrilhas que agem dentro e fora do poder público, etc. 

Não voto porque só admito que o meu país seja administrado por gente de ficha criminal limpa, não descondenados, membros de esquemas político-jurídicos, máfias internacionais de poder, facções formadas por empresários corruptores, etc. 

Hoje, 6 de outubro, votarei novamente em políticos de direita, conservadores e livres de amarras ideológicas mesmo que sejam sufocados pela corrupção do sistema eleitoral e pelo dinheiro despejado na compra de votos por seus adversários. 

Votarei na direita e sairei do local de votação com a cabeça erguida e a consciência tranquila – algo que a esquerda não pode fazer. 

Nota pé – Este texto é uma homenagem ao professor Benito Barbosa Martins, que deu aulas à minha classe no extinto Ginásio Estadual Industrial Vicente Felício Primo, em Birigui (SP), na década de 1970, com as disciplinas OSPB (Organização Social e Política do Brasil) e Educação Moral e Cívica.

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