A partir de 1º de outubro, o Registro Nacional de Veículos em Estoque (Renove) se tornará obrigatório para o comércio de veículos usados e seminovos no estado de São Paulo. O sistema, que já é exigido para carros novos desde 2022, agora passará a ser utilizado por lojas e concessionárias para registrar todas as transações de compra, venda e movimentação de veículos em seus estoques.
O objetivo é reduzir fraudes e garantir mais segurança nas transações, além de promover a formalização e a emissão obrigatória de notas fiscais. De acordo com o Detran-SP, mesmo antes da obrigatoriedade, cerca de 1,5 mil a 1,6 mil processos de transferência de veículos usados são realizados diariamente por meio do Renave.
Segundo Vinícius Novaes, diretor de veículos do órgão, o uso integral do sistema é uma demanda das concessionárias e distribuidoras para combater a informalidade no setor e facilitar o acesso ao crédito. “Mercados que não são formalizados enfrentam dificuldades com crédito e fraudes”, afirmou ao Uol.
Uma das principais mudanças trazidas pela implantação do Renave é a ampliação do prazo para a vistoria de transferência de propriedade, que passa de 60 para 120 dias. Além disso, o sistema permite que as concessionárias façam a transferência digital de propriedade, garantindo que o comprador saia da loja com o veículo já registrado em seu nome. Isso oferece mais agilidade e praticidade no processo de compra.