São Paulo enfrenta uma grave crise de queimadas, com 1.886 focos de incêndios registrados na última sexta-feira (23). Este número superou o da Amazônia, que contabilizou 1.659 focos no mesmo período.
A seca intensa e ventos fortes contribuíram para a rápida propagação dos incêndios, fazendo com que o estado fosse responsável por 38% de todas as ocorrências de queimadas em território nacional.
Em resposta à gravidade da situação, o governo de São Paulo montou um gabinete de crise. Cerca de 30 municípios estão sob alerta máximo, e as autoridades locais intensificaram as ações de monitoramento e controle. Infelizmente, a tragédia fez vítimas: dois funcionários de uma usina em Urupês perderam suas vidas enquanto tentavam conter as chamas.
O risco de incêndios permanece alto devido às condições climáticas adversas, como temperaturas elevadas e a falta de umidade no ar. Segundo o modelo europeu de previsão, as áreas mais afetadas incluem o interior de São Paulo, além de partes de Goiás e o Triângulo Mineiro.
Enquanto uma frente fria deve aliviar o Sul do Brasil com chuvas, diminuindo quase a zero o risco de queimadas nessas regiões, o interior paulista continua em situação crítica. Outros estados no norte e nordeste do Brasil, como Tocantins e Piauí, também estão sob risco extremo de incêndios.
A expectativa é de que a chegada de uma frente fria no domingo traga chuvas significativas para São Paulo, o que deve reduzir o risco de incêndios. Contudo, até lá, as autoridades seguem em alerta máximo e ações preventivas continuam sendo aplicadas.