Com o objetivo de dar maior transparência aos trabalhos legislativos, Catanduva pode ganhar, em agosto, a TV Câmara. Segundo o presidente da Casa, Daniel Palmeira de Lima, todos os equipamentos necessários estão sendo adquiridos e a idéia é estrear o sistema, que funcionará inicialmente na tv a cabo de Catanduva, já na primeira sessão de agosto, ou seja, a primeira após o recesso de julho. “Estamos trabalhando neste sentido (iniciar a transmissão na volta do recesso). Estamos embasados na lei 8.977/95 e queremos disponibilizar o serviço a todos para dar ainda mais transparência aos trabalhos”, explicou o vereador.
Coordenador de Informática e Tecnologia da Câmara, Luciano de Fázzio informou que a lei 8.977/95 aponta que a operadora de tv a cabo, na sua área de prestação de serviços, deverá tornar disponível canal para o legislativo municipal e estadual. “Ou seja, iremos dividir o tempo hoje todo destinado a TV Assembléia”, comentou.
Fázzio disse que a Câmara de Catanduva já adquiriu quatro filmadoras, uma mesa de vídeo (mixer) e um gerador de caracteres. “Vamos aproveitar o recesso de julho para fazer a ligação de fibra óptica para que a transmissão da sessão possa ser feita ao vivo para os assinantes da tv a cabo”, frisou o coordenador de informática, que acredita que gastará cerca de R$ 2 mil com a implantação do sistema. “São 800 metros de fibra óptica”, acrescentou.
TV aberta
Além da transmissão via cabo, a Câmara também deseja conseguir uma concessão para disponibilizar o serviço na TV aberta. “O canal 41 UHF está aberto em Catanduva e temos processo tramitando no Ministério das Comunicações para ficarmos com ele”, comentou.
TV Câmara oferece cidadania, democracia e emprego, diz presidente da associação
Presidente da Associação Paulista das TVs Legislativas, o jornalista Nélson Gonçalves disse, em entrevista ao Notícia da Manhã, que são três as vantagens da implantação da TV Câmara. “Primeiro, sem dúvida, a cidadania, já que leva o processo legislativo para dentro da casa do cidadão. Em segundo lugar, diria que a democratização, pois todos os vereadores, independente do partido, têm direito a utilizar o espaço. E, o terceiro ponto, sem dúvida, a geração de emprego para técnicos, radialistas e jornalistas”, destacou. De acordo com Gonçalves, a ‘lei do cabo’, ou seja, a 8.977 é de 1995 e, desta forma, Catanduva necessita implantar rapidamente o serviço. “A cidade poderia ter implantado a tv há 11 anos, ou seja, está atrasada. Porém, antes atrasada que não implantada”, finalizou.
