Maioria dos parlamentares denunciados pela CPI dos Sanguessugas deve renunciar ao mandato ou desistir de tentar se reeleger em outubro.
A opinião é do presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar.
Ele avalia que dos 69 deputados acusados de suposto envolvimento no escândalo, apenas de 20 a 30 devem enfrentar um processo de cassação de mandato.
Izar lembra que um processo interrompido com o final de uma Legislatura pode ser retomado no ano seguinte.
Por isso, não acredita que os reeleitos escapem de responder politicamente pelas denúncias.
Para agilizar os processos, o presidente do Conselho de Ética já consultou a Mesa Diretora para saber se pode indicar o mesmo relator para mais de um caso.
Como o Conselho só tem 28 integrantes com direito a voto e os investigados devem ultrapassar esse número, daria mais rapidez às investigações se eles pudessem acumular processos.
A CPI denunciou 72 parlamentares que teriam recebido dinheiro do esquema que desviava recursos do Orçamento por meio da compra superfaturada de ambulâncias.