A procuradora de justiça Mônica Nicida Garcia quer a impugnação da candidatura do sindicalista Daniel Caldeira, por suposto abuso do poder econômico e por não ter se afastado da presidência do Sindicato dos Motoristas de Rio Preto, para concorrer a uma vaga de deputado federal pelo PSL.
A denúncia foi encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral no último dia 26, mas ainda não há decisão. Na denúncia, a procuradora aponta várias irregularidades que Daniel Caldeira teria cometido. Ela observa, por exemplo, que Caldeira não informou a Justiça Eleitoral que é presidente de um sindicato.
Para Mônica Garcia, o sindicalista estaria sendo financiado pelo próprio sindicato que dirige. Em sua representação, a procuradora afirma: “Na realidade, é que Daniel Caldeira continua exercendo seu cargo e agindo como se presidente fosse, dirigindo o sindicato, e mais, usando toda estrutura em sua campanha eleitoral”.
Outro ponto em que a procuradora se apega para tentar impugnar a candidatura de Caldeira, é suposta infração da lei complementar 64/90, que torna inelegíveis, pessoas que nos quatro meses que antecedem o pleito ocupem cargo ou função pública.
Na representação junto ao Tribunal Regional Eleitoral, Mônica Garcia, também acusa Caldeira de omitir informações verdadeiras sobre sua situação perante a entidade sindical que dirige, além de fazer propaganda eleitoral irregular.
No documento, a procuradora junta fotografias da fachada do sindicato, onde aparece uma foto do candidato. Ela acusa o uso de equipamentos e veículos do sindicato durante a campanha de Daniel Caldeira.
O Rio Preto News tentou falar com Daniel Caldeira no final da tarde e na manhã de hoje, porém, sem sucesso. Caldeira estaria em campanha por cidades da região.