A Polícia Federal considera que as eleições ocorrem de forma tranqüila e com menos incidentes que em 2002. As principais ocorrências registradas no período da manhã foram de prática de boca de urna e tentativa de compra de votos.
Para Lázaro Moreira da Silva, coordenador-geral de defesa institucional, a mudança na legislação eleitoral deve ser a responsável por essa redução.
“A causa da redução dos incidentes seja talvez a mudança na legislação [eleitoral], que restringiu muito a propaganda e diminuiu a disputa”, avaliou.
Ele explicou que a PF atua nas eleições nos locais em que está presente e onde é requisitada pela Justiça Eleitoral. Nos demais lugares, a responsabilidade é da Polícia Civil.
A maior apreensão de dinheiro foi feita, ontem, em Campos dos Goitacazes (RJ). A PF apreendeu R$ 42 mil que seriam utilizados para a compra de votos. Quatro pessoas foram presas.
Em Macaé (RJ), houve a expedição de dois mandados de busca e apreensão, mas ninguém foi preso. Já na capital fluminense, um homem foi preso com 79 panfletos com propaganda difamatória contra um candidato, que não teve o seu nome divulgado.
Roraima registrou dois casos de tentativa de compra de votos. Uma apreensão foi de R$ 526 e a outra, de R$ 3.400. Uma pessoa foi presa em cada uma delas, além de material com número de títulos de eleitores.
Ainda em Roraima, outras cinco pessoas foram presas por boca-de-urna.
No Ceará, a PF apreendeu R$ 11.800 na cidade de Iço, além de número de títulos de eleitores. Ninguém foi preso. Em Fortaleza, três motoristas de microônibus foram presos por transporte de eleitores.
Também foram registradas prisões no Pará (8), Piauí (4) e Maranhão (2) por prática de boca de urna.
Segundo Moreira da Silva, até o final da manhã a PF em São Paulo não registrou nenhuma ocorrência grave ou indícios de ações do PCC (Primeiro Comando da Capital).
