domingo, 22 de setembro de 2024
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‘Apitaço’ de grevistas no Bradesco termina em ocorrência policial

Bancários de outras agências de Catanduva adentraram o saguão e permaneceram por mais de uma hora com ‘apitaço’. O Bradesco, único banco a não aderir à greve dos bancários em…

Bancários de outras agências de Catanduva adentraram o saguão e permaneceram por mais de uma hora com ‘apitaço’.

O Bradesco, único banco a não aderir à greve dos bancários em Catanduva, sofreu com a ação dos sindicalistas na manhã de ontem. Os manifestantes promoveram, por mais de uma hora, um ‘apitaço’ dentro da agência localizada na Praça da República.

A medida foi tomada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários em retaliação à não participação da instituição no movimento, deflagrado na última quinta-feira (dia 5) e que segue por tempo indeterminado.

Bancários de todas as agências de Catanduva entraram no saguão principal do banco com apitos e faziam depósitos simbólicos de R$ 0,01 e R$ 0,05 em contas de associações beneficentes. O gerente da agência do Bradesco, Antônio Carlos Jorqueira, preferiu não se declarar quanto à recusa em participar do movimento, que atinge âmbito nacional.

“Estou apenas seguindo instruções da agência matriz, que foi a de continuar os trabalhos normalmente”, limitou-se.

Em decorrência à intensidade da manifestação, funcionários do Bradesco acionaram a Polícia Militar para efetuar um boletim de ocorrência contra os organizadores do ‘apitaço’.

Os sindicalistas se defendem e falam em ‘pressão da gerência contra os funcionários’. “Faz cinco anos que o Bradesco não participa de nenhuma greve. Acredito que haja pressão da gerência, que assedia moralmente os seus funcionários para que eles não participem da paralisação”, comentou Amarildo Davoli, diretor do Sindicato de Catanduva.

Outro
Ainda na mesma manifestação, a PM lavrou um segundo Boletim de Ocorrência. Desta vez, de um dos clientes contra um funcionário do Bradesco, que teria agredido verbalmente as pessoas que estavam na fila. “A nossa finalidade é garantir toda a segurança para os funcionários e grevistas. O movimento foi pacífico e sem nenhuma agressão física”, salientou Paulo Henrique Coltre, tenente da PM local.

Alguns correntistas, que não tinha ligações com o manifesto, saíram da agência reclamando do barulho. “Em pleno quinto dia útil, estou com dificuldades para receber e ainda tive de agüentar todo esse barulho. Acredito que existam outras formas de conseguir um reajuste”, reclamou um aposentado, que solicitou anonimato.

Demais
Nas demais agências da cidade, funcionaram, novamente, apenas os caixas de auto-atendimento. A orientação para as agências é que, ao menos, dois funcionários fiquem dentro dos bancos para dar suporte a estes serviços eletrônicos.

Na tarde de ontem, os sindicalistas ainda promoveram uma reunião para avaliar o saldo do movimento, que completou dois dias.

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