domingo, 10 de novembro de 2024
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Tráfico – Iniciado julgamento de possível quadrilha

Na tarde de ontem, oito mulheres presas há dois meses, foram ouvidas. Oito detentas da cadeia feminina de Meridiano, acusadas de estarem envolvidas com uma quadrilha que praticava o tráfico…

Na tarde de ontem, oito mulheres presas há dois meses, foram ouvidas.

Oito detentas da cadeia feminina de Meridiano, acusadas de estarem envolvidas com uma quadrilha que praticava o tráfico de drogas na região, foram ouvidas na tarde de ontem, no Fórum de Votuporanga. Elas estão presas desde o dia 10 de agosto, quando 19 mandados de busca, apreensões e prisões temporárias foram cumpridos por meio de uma operação desenvolvida pelas Dise (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes) do município e Fernandópolis.

Como esta é a primeira fase do processo, cada indiciada teve a oportunidade de apresentar sua defesa. As mulheres foram ouvidas na presença de seus advogados pela juíza da 4.ª Vara, Daniella Camberlingo.

Amanhã, será a vez de oito homens envolvidos na suposta quadrilha, serem ouvidos. Alguns deles já cumprem penas por outros crimes em unidades prisionais do Estado. No próximo dia 24, o interrogatório será finalizado, com o restante do grupo: três homens.

Em contato com os advogados das acusadas, o Diário tentou obter informações dos depoimentos prestados, mas os profissionais não divulgaram informações, justificando que o processo está sob segredo de Justiça.

Segundo o titular da Dise do município, Antonio Marques do Nascimento, no dia da operação que desbaratou a suposta quadrilha (10 de agosto), 11 dos 19 acusados foram presos em suas residências.

Os outros oito mandados foram destinados a detentos que já estavam em cadeias do Estado e supostamente coordenavam o tráfico de drogas de dentro das unidades prisionais. Entre eles, está Jair Carlos de Souza (Jaja) – que é cunhado de Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como “Marcola”, líder da principal facção criminosa do Estado de São Paulo, o PCC (Primeiro Comando da Capital) – e o presidiário Gines Aparecidos de Lima (Gordo), apontado pelo delegado como “o cabeça” do grupo. Ambos estão na Penitenciária de Mirandópolis.

Nascimento afirmou que o grupo tem relação com as substâncias apreendidas no mês de abril deste ano, em Votuporanga (11 quilos de maconha, seis de crack e um de cocaína). Caso sejam condenados, os acusados podem pegar de três a 15 anos de reclusão.

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