sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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PF já sabe origem dos dólares do dossiê Vedoin

Justiça Investigações da Polícia Federal indicam que saiu da empresa Vicatur Câmbio e Turismo, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, a maior parte dos dólares que seriam usados para…

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Investigações da Polícia Federal indicam que saiu da empresa Vicatur Câmbio e Turismo, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, a maior parte dos dólares que seriam usados para a compra do dossiê Vedoin, com informações contra políticos tucanos. A empresa vai agora sofrer uma devassa na contabilidade e os proprietários serão convocados para dar explicações sobre o caso. O que chamou a atenção da Polícia foi o fato de que a operação de saque dos dólares, tomados na Vicatur, foi feita por pessoas de origem humilde. Os compradores também vão ser interrogados pela Polícia Federal. A empresa tem cadastro sujo no Banco Central, onde já foi denunciada pelo Ministério Público do Rio, por operar com pessoas físicas fictícias, os chamados laranjas. Os dólares do dossiê deixaram pistas desde que saíram da Casa da Moeda dos Estados Unidos. O dinheiro foi adquirido pelo Banco Sofisa, de São Paulo, e repassado a várias corretoras, o que já era sabido entre os integrantes da CPI dos Sanguessugas, que também investiga o caso. Segundo o vice-presidente da comissão, o deputado Raul Jungmann, parte do dinheiro teria origem ainda num saque de uma operadora em Florianópolis, cidade do petista Jorge Lorezetti, acusado de participação no esquema.

O Banco Sofisa Miami teria adquirido 15 milhões de dólares do Dresden Bank e isso veio para o Brasil através de avião. Este dinheiro foi repassado para catorze outras operadoras, que trabalham com dólares e que teriam repassados recursos para uma outra operadora de Florianópolis, a Centauros, e que esta teria feito uma operação de 150 mil dólares, que seria pelo senhor Jorge Lorenzetti.

Na Vicatur, em Nova Iguaçu, o dinheiro foi adquirido em lotes de valores variados, segundo as fontes policiais. Do montante dos 1 milhão e 750 mil reais apreendidos com os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, em 15 de setembro, num hotel em São Paulo, para comprar o dossiê Vedoin, havia cerca de 248 mil dólares. O município de Nova Iguaçu é hoje administrado pelo ex-deputado federal, Lindberg Farias, do PT, que foi eleito prefeito em 2004.

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