O prefeito Humberto Parini está preocupado com a demora na aprovação do projeto que altera a legislação sobre incentivos fiscais para as empresas que pretendem se instalar no município. O projeto tramita na Câmara desde fevereiro e enquanto não for aprovado cria dificuldades para a instalação dessas empresas, pois Jales concorre com outros municípios da região, onde as mesmas também podem se instalar.
Parini explicou que muitas empresas procuram a Prefeitura, mas falta uma legislação atualizada para atender essa demanda, pois as empresas exigem alguma coisa além do que é oferecido normalmente pelos municípios. No caso de Jales, esse algo mais depende dessa nova legislação que autoriza o Executivo a oferecer alguns incentivos para atrair novos empreendimentos empresariais, gerando mais empregos e renda no município.
O prefeito lembrou que existem espaços para serem ocupados em dois distritos industriais e a Prefeitura precisa buscar novas empresas, mas quando encontra alguma interessada, o empresário sempre deixa claro que procura se instalar onde recebe mais incentivos para viabilizar seu negócio e assegurar maior retorno financeiro.
O projeto, segundo o prefeito, foi discutido com os empresários locais e demorou seis meses para ser elaborado, antes de ser encaminhado à Câmara.
Dakara
Parini também comentou a rejeição do projeto que oferecia incentivos para a instalação da agência de veículos Dakara, lembrando que com isso, 25 novos empregos deixam de ser criados, no município, sem contar os repasses de recursos, em forma de impostos que seriam gerados com a venda dos veículos, prestação de serviços, oficina, etc.
O projeto previa o pagamento de metade do valor do aluguel do prédio onde seria instalada a empresa. Com a rejeição, o prefeito deverá oferecer alguma outra forma de incentivo para que a empresa não deixe de se instalar em Jales.
A Dakara já está instalada em Votuporanga e Fernandópolis, onde recebeu incentivos que incluíram um barracão cedido gratuitamente, em cada município.Com a rejeição da Câmara à proposta da Prefeitura, a empresa corre o risco de se instalar em Santa Fé do Sul, como lembrou o prefeito, afirmando que o trabalho, agora, passa a ser o de reconquistar a mesma.
O projeto foi rejeitado com votos contrários de cinco vereadores: Gilberto Alexandre de Moraes, Jediel Zacarias, Jorge Pêgolo, José Roberto Fávaro e Mauro Hélio Lopes e com votos a favor de Araci Murari Cardoso, Claudir Aranda, Luis Especiato e Osmar Pereira Resende.
