Assessores do deputado federal Júlio Semeghini garantiram nesta segunda-feira que ele não cometeu nenhuma irregularidade nas contas da campanha deste ano. Duas acusações contra o deputado tramitam na Procuradoria Regional Eleitoral pelo recebimento de doações de empresas de televisão e do pagamento de prestadores de serviço com cheque de uma empresa suspeita de sonegação fiscal.
Segundo o órgão, a legislação proíbe doações de empresas de rádio e tevê – o que requer um esclarecimento do parlamentar, que foi presidente da comissão de assuntos de telecomunicações, da Câmara dos Deputados.
O uso de cheques da empresa Graneleira também é posto sob suspeita porque, segundo a Polícia Federal de Jales, trata-se de uma empresa “de fachada”, aberta apenas para o funcionamento de um esquema de sonegação de impostos.
Desde o início dos casos, semana passada, a assessoria de Semeghini tenta dar explicações à Justiça Eleitoral. O prazo dado para o envio de documentos e de declarações oficiais do deputado termina hoje à tarde.
Qualquer uma das acusações pode custar até a perda do mandato do parlamentar e punições ao seu partido, o PSDB.