O Ministério Público de Fernandópolis começou investigar a Casa de Repouso Monte Sinai, do bairro Brasilândia, que abriga 16 idosos e uma mulher de 29 anos, e é acusada de diversas irregularidades. Há seis anos em caráter precário, a entidade atua sem licença da Vigilância Sanitária e sem alvará de funcionamento da Prefeitura.
As normas para estabelecimentos de saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária também não são cumpridas, como a divisão de um único banheiro entre todos os pacientes.
Nos quartos, os internos dormem em camas encostadas e não há armários. As roupas ficam amontoadas em caixas de papelão. Também faltam médicos e remédios, telefone, viatura e só quatro profissionais, entre técnicos e uma enfermeira, dividem o atendimento em turnos de 12 horas.
O promotor Rafael Hussen tomou conhecimento do caso após uma visita do Conselho Municipal do Idoso e vai instaurar uma investigação.
A dona da casa de repouso, Zilda de Jesus Carvalho, diz não ter condições de atender às exigências sanitárias, mesmo cobrando R$ 700 reais das famílias de cada um dos internos.
A chefe da Vigilância, Adriana da Silva Gomes, disse que foi proibida pelo Departamento Jurídico da Prefeitura de dar entrevista sobre o caso. A presidente do Conselho do Idoso, Ofélia de Oliveira, que ocupava o cargo há um mês, pediu exoneração esta semana e disse não ter detalhes.
