Policiais militares fizeram ontem a reconstituição de um suposto confronto seguido de morte ocorrido no dia 31 deste ano em um canavial próximo ao Auferville 3, em Rio Preto. Jorge Abrão Tartari, 22 anos, foi morto com dois tiros no peito, depois de uma perseguição que, segundo a PM, terminou em tiroteio. A reconstituição foi solicitada pelo delegado titular do 7º Distrito Policial, Lafayete Sanches Fernandes, que investiga o caso para saber se houve abuso por parte dos PMs. No entanto, a equipe do Diário foi proibida por policiais civis e militares de acompanhar a simulação de como teria ocorrido o confronto. O procedimento serviu para que o delegado tirasse dúvidas de como os PMs agiram na ocorrência que resultou a morte do suspeito, que teria furtado dez metros de fios de cobre. A equipe do Diário chegou por volta das 9h50 ao 7º DP, onde os PMs envolvidos no caso disseram que a imprensa não poderia acompanhar porque se tratava de um ato informal e não gostariam da publicação.
Mesmo assim, o fotógrafo seguiu as viaturas das polícias Civil e Militar que entraram em uma propriedade rural e fecharam a porteira, impedindo o acesso do carro do jornal. Um policial civil ficou na porteira e disse que tinha ordem para não deixar a equipe do Diário entrar. Depois de alguns minutos, peritos técnicos do Instituto de Criminalística (IC) estiveram no local para fotografar a reconstituição. Minutos depois todos foram embora. O delegado titular do 7º DP negou que proibiu o acesso da imprensa ao local e disse que o Diário não esteve no canavial onde ocorreu a reconstuição. As fotografias acima comprovam que a versão do policial está errada. A proibição ao acompanhamento da reconstituição deste caso foge do padrão aplicado pela Polícia Civil, já que em todos os outros houve autorização para a cobertura.
