O Tribunal do Júri de Fernandópolis adiou para o dia dois de março do ano que vem o julgamento do médico Luis Henrique Semeghini, acusado de homicídio. A mudança de data atendeu solicitação dos advogados de defesa, que alegaram impedimento para vir a Fernandópolis nesta sexta-feira devido a marcação de outro júri, no Paraná.
O pedido foi feito há dez dias ao juiz Alceu Correa Júnior, titular da 4ª Vara Criminal. O Ministério Público deu parecer favorável.
O julgamento foi marcado após decisão do Supremo Tribunal Federal, que não acatou recurso de desqualificação do crime por motivo torpe e o envio do caso para outra comarca do Estado. As alegações eram de que ele teria agido sob violenta emoção e que o julgamento em Fernandópolis seria envolvido em clima de comoção popular, supostamente promovido pela família da vítima.
Semeghini é acusado de matar a esposa Simone Maldonado, com sete tiros, no dia 15 de outubro de 2000, após um baile no clube Casa de Portugal. A mulher estava na época 37 anos e o casal tinha três filhos menores.
Após o assassinato, o médico ficou desaparecido por dois meses antes de se entregar à polícia e de ficar preso por cinco meses. A liberdade foi obtida por um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Estado. Desde a libertação, Semeghini trabalha em um consultório no centro da cidade, como otorrinolaringologista.
Se for condenado, o médico poderá pegar pena de 12 a 30 anos de reclusão, devido a qualificação como crime hediondo.
