A Justiça Federal concedeu sexta-feira a revogação da prisão preventiva, mediante fiança, de Marcelo Mozaquatro, de Emílio Carlos Altomari e de Adilson de Jesus Scarpante.
Eles foram presos da Operação Grandes Lagos, que desarticulou esquema de sonegação fiscal no setor frigorífico.
Marcelo, filho do empresário Alfeu Mozaquatro, pagou R$ 300 mil para sair da cadeia.
Emílio Altomari é considerado um dos líderes do núcleo voltado à prática de crimes fiscais, constituindo empresas em nome de “laranjas” para movimentar a maior parte de seu faturamento, sem recolher tributos.
A porta-voz e advogada do grupo Itarumã, Yasmini Altomari da Silva, conta que a fiança de Emílio foi de R$ 80 mil e de Scarpante outros R$ 5 mil reais.
Marcelo Mozaquatro e Adilson estavam presos na Cadeia Pública de Indiaporã. Já Emílio estava recolhido na Cadeia Pública de Estrela D’Oeste.
O Ministério Público Federal em Jales denunciou Alfeu Mozaquatro e o advogado Mário Guioto Filho por corrupção de testemunhas.
Para o procurador João Gilberto Gonçalves Filho, Alfeu estava por trás da tentativa de Guioto de subornar a testemunha João Pereira Fraga para que este assumisse à Justiça ser sócio do Coferfrigo.
Isto amenizaria as acusações contra Alfeu e, em troca, Fraga receberia R$ 1 milhão no Brasil ou no exterior.
A pena para o crime de corrupção de testemunhas varia de dois a quatro anos de reclusão. Alfeu já está detido desde outubro.
Ele e outras 24 pessoas respondem processos na Justiça Federal pelos crimes de sonegação, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.