sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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CEI das multas aponta privilégio de autoridades

A Comissão Especial de Investigação (CEI) que investiga a possível existência de um esquema fraudulento na aplicação de multas deverá entregar hoje o relatório final. De acordo com o presidente…

A Comissão Especial de Investigação (CEI) que investiga a possível existência de um esquema fraudulento na aplicação de multas deverá entregar hoje o relatório final.

De acordo com o presidente da comissão, vereador Marcos Crippa (PTB), foi constatado que autoridades e pessoas de grande representação na sociedade da cidade podem ter sido beneficiadas com deferimento de recursos. “Notei que a grande maioria dos recursos deferidos que analisamos foram concedidos a pessoas da sociedade e autoridades de Catanduva, enquanto que outros recursos com a mesma justificativa de pessoas simples não foram acolhidos”, explicou.

O vereador assegurou que os argumentos levantados são convincentes. “Os recursos são praticamente os mesmos, mas na maioria foram deferidos para pessoas influentes e não para o povo simples. Notei essa disparidade”, conclui.

Crippa considera que as investigações da CEI concluíram que existiu uma “injustiça muito grande”.

“Um dos casos que chamou a atenção da Comissão é um recurso de um condutor que parou em frente a uma clínica médica para realização de um atendimento de urgência e no recurso anexou até mesmo o raio X da perna para comprovar que teve uma fratura. Esse recurso não foi deferido, mas o de gente influente que parou em frente de clínicas foi”, conta.

A CEI analisou recursos julgados pelo Jari nos últimos cinco anos.

Sauna e churrasqueira
Outro fator que será apontado pela CEI no relatório final será o uso indevido dos recursos destinados à Polícia Militar, procedentes das multas. “Os recursos deveriam ser aplicados em melhoria para o trabalho de fiscalização de trânsito, entretanto, verificamos e policiais militares confirmaram em depoimentos que o dinheiro foi usado até para fazer churrasqueira e sauna. Melhorar o quartel, no meu entendimento, é função do Estado”, conclui.

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