sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Segurança para julgamento será redobrada

O juiz de Direito da 1ª Vara do Fórum “Wilson de Souza Foz”, de Votuporanga, Jorge Canil, esteve reunido na tarde de ontem, em sala fechada, com a diretora do…

O juiz de Direito da 1ª Vara do Fórum “Wilson de Souza Foz”, de Votuporanga, Jorge Canil, esteve reunido na tarde de ontem, em sala fechada, com a diretora do Fórum, Daniella Camberlingo Querobim; Promotor de Justiça de Cardoso, Daniel Calderaro; capitão da Polícia Militar, Reynaldo Vannucci Neto; primeiro tenente da PM, Édson Fávero; e delegado civil Maurício José Rodrigues. Em pauta, foram definidas as questões de segurança para o julgamento marcado para o dia 9 de fevereiro, às 9 horas, que tem o réu Moacir Fernandes Dias, que confessou Ter matado a menina de 9 anos, em Cardoso, Ana Letícia Bueno, conhecida como Aninha. Na edição de ontem o jornal A Cidade publicou com exclusividade a notícia do agendamento do julgamento. O assassinato aconteceu em outubro de 2002 e somente agora, depois de quatro anos, terá um desfecho. Em entrevista exclusiva à reportagem, o juiz da 1ª Vara explicou que foi pedida a colaboração das policias Militar e Civil, quanto à segurança durante o julgamento e após o anúncio da pena. Segundo Canil, alguns pontos debatidos no encontro são de caráter sigiloso e aproveitou a ocasião para explicar sobre serão feitos os trabalhos. “Esse júri tem alguns riscos, porque já houveram incidentes em Cardoso, relativos ao réu e familiares. Disciplinamos os trabalhos preparatórios, tanto do dia, quanto do que vai anteceder o julgamento e o ponto principal é que vão ser distribuídas senhas, oportunamente para Votuporanga e Cardoso, de acordo com critérios que foram estabelecidos e que as pessoas que não tiverem senhas não terão acesso ao Fórum e que todos que vierem, não tragam capacetes, celular, bolsas e outros objetos. Porque faremos uma revista e a pessoa que não quiser passar pelo constrangimento, então não traga”, alertou. O juiz ainda contou que o Fórum e a rua que passa em frente ao prédio terão um esquema especial de tráfego, a fim de manter segurança aos jurados e ao réu. Quanto ao transporte de Dias até Votuporanga, Canil disse que este é um aspecto que deve ser mantido segredo, que o réu poderia correr risco de morte, no entanto, contou que ele está na Cadeia de Indiãpora.

Horário
O julgamento de Dias está marcado para às 9 horas. Segundo o juiz, ele acredita que não haverá necessidade de prolongar a sessão para o dia 10. “O julgamento promete ser longo e seria precipitado dizer que vai durar algumas horas, mas esperamos concluir no mesmo dia”.

Demora
A morte da menina de Cardoso aconteceu em 2002. O crime chocou os moradores daquela cidade e de Votuporanga. A forma com que o caso foi descoberto causou revolta na população, sendo que após a prisão decretada, a casa de Dias foi incendiada. Para o juiz da 1ª Vara de Votuporanga, a demora para o desfecho deve-se pelo fato de todo o processo ser tramitado na Comarca de Cardoso, além do que “foi um processo difícil, árduo, com muitas testemunhas, houve incidentes, exames médicos no acusado, houve recursos, o processo foi ao Tribunal e houve o pedido de desaforamento, para tirar do de Cardoso. Então todos estes incidentes, provocaram esta demora de quatro anos”, disse Canil.

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