Neste dia 4 completa-se o primeiro ano da morte do ex-prefeito de Fernandópolis, Rui Okuma.
Foi na madrugada do dia 04 de fevereiro do ano passado que o ex-prefeito faleceu num quarto do Hospital de Base, em Rio Preto, no início da recuperação de um procedimento cardíaco.
Okuma sofreu um tamponamento cardíaco quatro dias de sua morte, quando trabalhava em seu gabinete.
Socorrido por assessores, ele foi levado à Santa Casa e, de lá, transferido a Rio Preto para uma cirurgia.
O mal súbito do prefeito assustou Fernandópolis, que havia despertado para um projeto de desenvolvimento inédito, baseado principalmente na profissionalização da assessoria e na montagem de parcerias com a sociedade.
Um ano depois de assumir e sofrer uma avalanche de críticas de adversários, Okuma conseguiu realizações que superaram a todos os antecessores, em tempo recorde.
Todos os salários foram postos em dia, a Prefeitura iniciou obras públicas, um grande projeto de recapeamento, obteve cinco conquistas de verbas estaduais e federais e tinha R$ 6 milhões de reais em caixa.
Neste mesmo tempo, o ex-prefeito iniciou projetos importantes, como o Porto Intermodal, o Anel Viário e o Parque Ecológico.
Muitos acreditam que, com o ex-prefeito, foram enterrados também os seus principais projetos.
Okuma venceu as eleições municipais de 2004 com 35% dos votos válidos, ou seja, 12.826 dos 43 mil votos da cidade.
Em oitenta dias montou sua assessoria e delineou projetos importantes, além de criar e implantar a Diretoria de Desenvolvimento, assumida pelo ex-prefeito Luiz Vilar de Siqueira.
Em menos de dose meses a pasta convocou a imprensa inúmeras vezes para apresentar novas empresas, com a criação de cerca de 450 empregos.
Um dos maiores projetos encampados por Okuma foi o do Porto Intermodal de Cargas.
Ele foi responsável pela finalização do processo de concessão das instalações da Ceagesp na cidade, além da conquista de um secador e oito silos de armazenagem de grãos vindos de Rio Preto e Araçatuba.
O ex-prefeito faleceu dias antes de assinar o projeto que compraria uma área próxima à estação ferroviária da cidade, para concessão ao projeto.
No local seriam instalados tanques de armazenagem de combustível, em um contrato a ser fechado com a Petrobrás.
O projeto, até hoje, não saiu do papel devido a uma disputa entre a prefeita Ana Bim e os diretores da Água Vermelha Logística, em decorrência da apresentação do projeto do Porto e a viabilidade da instalação.
No meio da discussão, o projeto deslanchou em Iturama, onde a Prefeitura acreditou na proposta surgida do fernandopolense Carlos Lima, idealizador do Porto.
O Parque Ecológico, outro projeto de Okuma, também não andou.
Uma grande área verde foi repassada ao município em sistema de permuta, onde se pretendia a implantação de uma lagoa, um restaurante e lanchonete; quadras de esporte e pistas de ciclismo e caminhada.
A reabertura da Avenida Milton Terra Verdi, no centro da cidade, também foi projetada por Okuma.
O projeto teve início em dezembro do ano passado, mas ainda não está concluído.
A reestruturação arquitetônica da Praça da Igreja Matriz seria realizada através de verba a ser pleiteada junto a Colônia Japonesa do Estado de São Paulo.
Nada disso foi tratado pela Prefeitura após a morte de Okuma.
Um projeto que começa a querer sair do papel é o da construção das 300 casas do Conjunto Habitacional próximo ao Caic.
O projeto foi aprovado pelo ex-prefeito junto a CDHU em 2005, mas somente agora as famílias sorteadas começarão a obra.
A assessoria do ex-prefeito também conquistou a verba de R$ 80 mil para efetuação de estudo das bacias hidrográficas do município.
O estudo possibilitaria levantar os dados corretos para a recuperação da Avenida Getúlio Vargas, estimada em R$ 6 milhões, e que Okuma pretendia pleitear junto aos governos federal e estadual.
