Cidade foi onde mais choveu no Estado e, mesmo assim, não ficou em situação de emergência como aconteceu em outros municípios
Enquanto muitas cidades do Estado de São Paulo estão em situação de emergência ou de calamidade pública após as fortes chuvas de janeiro, Votuporanga conseguiu passar por esse período sem grandes catástrofes — graças ao investimento da Prefeitura na infra-estrutura da cidade. A ausência de problemas neste sentido não se deve a pouca chuva, pelo contrário. A região de Votuporanga foi a que registrou a maior quantidade de chuva em São Paulo, segundo medições do Instituto Nacional de Meteorologia.
Somente em janeiro, choveu 662 milímetros — quase a metade do que era previsto para todo o ano (1.317,4 milímetros). A média para este mês é de geralmente 260,7 milímetros. Outras cidades, como Presidente Prudente, que choveu 360 milímetros, estão em situação de emergência. O mesmo caso acontece em Franca, onde choveu 488 milímetros.
Segundo dados da Defesa Civil do Estado de São Paulo, até esta terça-feira (13/02), 44 cidades decretaram situação de emergência e uma, Tapiratiba, decretou estado de calamidade pública. A Operação Verão, da Defesa Civil, informa ainda que 105 municípios foram atingidos pelas chuvas, sendo 43 deles do interior de São Paulo — onde, atualmente, são 132 pessoas desabrigadas.
Em Votuporanga, a situação é mais amena, justamente pela infra-estrutura da cidade. Conforme divulgou a Defesa Civil, apenas 34 casas sofreram inundações e todas foram ou serão ajudadas pela Prefeitura. “O número é baixo, se compararmos com a quantidade de residências da cidade, que são cerca de 30 mil”, explica o presidente da Defesa Civil na época, Marcelo Marin Zeitune.
O gasto previsto para ajudar as casas atingidas em Votuporanga é R$ 63 mil, com pagamentos de refeições, hospedagens em hotéis, reposição de móveis, conserto de eletrodomésticos e reconstrução de muros e paredes.
Nos últimos seis anos de administração do prefeito Carlos Eduardo Pignatari, os investimentos em infra-estrutura foram constantes, o que deu uma nova cara à cidade e, consequentemente, minimizou os efeitos que a chuva poderia provocar. Galerias de águas pluviais foram construídas, bairros com ruas de terras estão asfaltados e o recapeamento evitou um maior número de buracos na cidade.
Segundo o secretário de Obras, Engenharia e Habitação, Fernando César Matavelli, o governo municipal trabalhou durante esses seis anos buscando adequar e melhorar a infra-estrutura do município. “Durante esse tempo, trabalhamos muito para transformar Votuporanga em uma nova cidade, mudando a cara de todos os cantos do município, dos bairros mais necessitados”, afirma.
Em seis anos de administração, a Prefeitura já fez 23 quilômetros de galerias pluviais, canalizando a água da chuva e evitando inundações em diversos bairros. Além disso, são cerca de 600 mil m² de novas ruas asfaltadas, o que corresponde a 720 quarteirões. “Transformamos os bairros com ruas de terra em bairros urbanizados, com toda infra-estrutura de asfalto e galerias pluviais, evitando possíveis transtornos com a chuva para a população”, explica o secretário.
Matavelli também destaca que os bairros mais beneficiados com os investimentos da Prefeitura nesta área, foram os das regiões mais carentes da cidade, que não possuíam infra-estrutura e, frequentemente, enfrentavam problemas com as chuvas. Atualmente, 85% das ruas de Votuporanga estão asfaltadas. Quando o prefeito Carlão assumiu, esse índice era de cerca de 60%. E a meta é que até o final de seu mandato, em 2008, Votuporanga tenha 100% de ruas asfaltadas.
Nas regiões com asfalto e galerias pluviais, a Prefeitura investiu na manutenção da estrutura. Só em recapeamento, foram 550 mil m², equivalente a 650 quarteirões de ruas. O governo municipal trabalha também durante todo o ano na operação tapa buracos, resolvendo de emergência a situação de bairros da cidade.
