Jovem, bonita, bem vestida, perfumada, universitária do curso de Direito. E suspeita, de acordo com investigações da Polícia Civil de Campinas, de integrar quadrilha que tem praticado roubos a lotéricas e residências na cidade.
Policiais civis da Delegacia do 13º Distrito (Cambuí) detiveram esta estudante e mais um rapaz, nesta manhã de quarta-feira, em ação desenvolvida em diversos pontos de Campinas.
A universitária mora em um prédio que possui um apartamento por anda na Rua Coronel Quirino, uma das principais vias do bairro Cambuí, de alta classe da cidade.
A delegada assistente do 13º DP, Denise Margarido, pediu à Justiça a prisão temporária para a estudante e aguarda a resposta. O rapaz detido, que já tinha mandado de prisão pedido por Denise à Justiça, foi identificado na delegacia como Orlando Ernesto Capino. Ele foi pego por policiais civis do 13º DP na Vila Costa e Silva. Outros dois suspeitos de integrar a quadrilha ainda são procurados pelos policiais.
Segundo a delegada assistente do 13º DP, Denise Margarido, a gangue é investigada por roubos em lotéricas do Cambuí e também em residências de bairros da região do Taquaral – somente casas grandes e de alta classe.
“Até esta manhã tivemos a confirmação de três roubos a lotéricas que foram praticadas pelos suspeitos. Mas achamos diversos objetos nas casas vistoriadas e que podem ser originadas de roubos a residências”, explicou Denise. Foram cumpridos durante a operação desta quarta-feira cinco mandados de busca e apreensão e outros três de prisão temporária.
Até as 11h30 a Polícia Civil não havia divulgado a identidade da universitária, pois aguardava a decisão da Justiça com relação ao pedido de prisão temporária. A reportagem do Cosmo On Line apurou que a estudante tem nome com iniciais A.P., com 21 anos, e faz o quarto ano do curso de Direito em Campinas.
Incomum
Fato que chamou bastante a ação dos policiais civis do 13º DP durante a investigação da quadrilha que começou a ser desmontada nesta quarta-feira foi a participação de uma universitária bem de vida nos assaltos. Para os policiais, mulher em bando de ladrões não é comum, ainda mais se originada de classe abastada.
Na história policial de Campinas, o caso mais lembrado de uma garota assaltante é de Sandra Zilioli, atualmente com 34 anos, apelidada, na época dos roubos a bancos, de “Sharon Stone”, por ser loira, bonita e ter aparência de mulher fatal. Ela agiu com um bando em Campinas e região no começo da década de 90. Acabou presa.
“Sharon” era loira, estava sempre bem-vestida, com roupas que despertavam a atenção dos homens e carregava as armas para os comparsas. Era secretária antes de entrar para o mundo do crime e tinha formação completa no antido 2º Grau (atual Ensino Médio)
