sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Polícia vai investigar máfia em Rio Preto

A Delegacia Seccional de São José do Rio Preto instaurou inquérito para investigar suposto braço da “máfia da casa popular”. Segundo o delegado-seccional, Jozeli Donizete Curti, o objetivo da investigação…

A Delegacia Seccional de São José do Rio Preto instaurou inquérito para investigar suposto braço da “máfia da casa popular”. Segundo o delegado-seccional, Jozeli Donizete Curti, o objetivo da investigação é apurar se houve fraude em licitações da Empresa Municipal de Construções Populares (Emcop) que tiveram a participação da empresa FT Comércio e Construções Tarabai. No início da semana, Curti disse que recebeu documentação enviada pela Polícia Civil de Presidente Prudente referente a possível atuação da máfia na cidade.Á apurar para sabe se houve fraude ou não em licitações será baseado no que está previsto na lei 8.666/93. Nós iniciamos a avaliação da documentação recebida de Presidente Prudente”, disse o delegado da Seccional.

O delegado-assistente Silas José dos Santos foi o escolhido para atuar no inquérito. Ele decretou sigilo na apuração dos fatos, que também são alvo de investigação do Ministério Público desde maio. Ele vai analisar ainda depoimentos de pessoas ouvidas pela polícia de Presidente Prudente. Ao longo da investigação, o presidente da Emcop, Jorge Demian, deverá prestar esclarecimentos sobre o assunto. Ontem, ele afirmou que os três contratos que o município mantinha com a FT Construções foram anulados a pedido do prefeito Edinho Araújo (PPS). “Como já é de conhecimento foram cancelados três concorrências que tinham a participação da empresa (FT). Vamos colaborar com a investigação e estou tranqüilo”, disse Demian. Em Presidente Prudente 29 pessoas foram indiciadas na chamada “Operação Pomar”, entre eles o dono da FT Construções, Francisco de Oliveira. As investigações policiais atingiram o líder do PSDB na Assembléia Legislativo, Mauro Bragatto, que teria recebido propina da empresa.

Os contratos sob suspeita visavam prestação de assessoria na construção de casas populares pelo regime de mutirão da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). A Prefeitura suspendeu outros três contratos com a FT, dos quais um foi assinado com a Secretaria de Habitação, até o fim das investigações. Uma das irregularidades verificadas pelo Executivo foi o fato da FT Construções ter sido a única a apresentar proposta e vencer licitações promovidas pelo Poder Público. Em outras situações ela disputava a obra sempre com as mesmas empresas, o que levantou a suspeita de fraude.

Curti afirmou ontem que não houve avaliação dos documento sobre o envolvimento ilícito de pessoas ligadas a Emcop. Nos contratos anulados pela Prefeitura, a FT apresentou preços próximos daqueles estimados para as concorrências públicas. Como na carta convite 11/06, em que o valor de referência era de R$ 70,3 mil e a empresa apresentou proposta de R$ 70,4 mil.

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