A Polícia Civil de Campinas aderiu ao movimento estadual de greve de 24 horas, deflagrado a partir das 8h desta quinta-feira. A paralisação é por salários melhores e uma forma de demonstrar que a categoria não aceitou os percentuais de reajustes anunciados pela Secretaria Estadual da Segurança Pública na semana passada.
Pelas informações iniciais, prédios de delegacias tiveram colocados em suas fachadas cartazes com aviso do movimento, como no 5º Distrito Policial (Jardim Amazonas), na região Sudeste de Campinas. No começo da manhã, por volta de 8h15, o saguão do 1º DP, no Centro, estava vazio. É a delegacia que registra o maior número de ocorrências na cidade e possivelmente no Brasil. Pessoas que por lá passavam eram orientadas a retornar em outra data.
Durante toda a manhã, segund alguns policiais civis, as ocorrências deixaram de ser registradas em diversas delegacias de Campinas – a cidade tem 13 Distritos Policiais, fora as delegacias especializadas.
Pela orientação recebida em uma “cartilha” previamente distribuída nos DPs, apenas ocorrências de prisão em flagrante deveriam ser registradas durante a greve, assim como sendo atendidos os locais de homicídio e de acidentes com vítimas fatais.
Segund alguns policiais civis, a paralisação foi o jeito encontrado para a categoria demonstrar ao governo estadual o sucateamento da segurança pública – de piores salários do Brasil à falta de material para atuar. Até 13h30 não havia, ainda, uma informação sobre a adesão à paralisação – nem por parte de representantes da categoria nem pela Secretaria Estadual da Segurança Pública.
Em cidades que integram a Delegacia Seccional de Polícia Civil de Americana – como Sumaré, Hortolândia, Santa Bárbara d´Oeste – a atuação dos distritos policiais era normal, de acordo com uma fonte da reportagem.
