A Prefeitura de Votuporanga não tem a intenção de implantar um aterro sanitário no município, pelo menos por enquanto. Depois que o último aterro municipal foi desativado pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) devido a irregularidades, o lixo passou a ser deposto em um aterro privado, na cidade de Meridiano. “Deixamos de depositar resíduos de forma irregular e passamos a depositar de forma adequada. Compensa manter a situação como está. Hoje, não cogitamos a possibilidade de existência de um aterro sanitário em Votuporanga”, ressalta o secretário municipal de Meio Ambiente, Celso Teófilo Brandão.
São levados para o aterro de Meridiano, diariamente, aproximadamente 50 toneladas de lixo recolhidas pela CBL (Companhia Brasileira de Lixo) na cidade. O custo da terceirização é de R$ 100 por tonelada. “Antigamente, gastávamos com a coleta e com o aluguel de máquinas, o custo era praticamente o mesmo de hoje. Depois que eliminamos o aterro no município, saltamos, em termos de produção de resíduos na escala da Cetesb, de uma nota 3, 6 para 8,6 (máxima é 10)”, aponta o secretário.
Problema
Teófilo comenta que um dos maiores problemas ambientais verificados pela secretaria, hoje, é o descarte irregular de resíduos. Ainda é grande o número de pessoas que jogam lixo doméstico, móveis deteriorados, animais mortos e resíduos industriais à beira de estradas ou em outros locais impróprios. Há algum tempo, a estrada que leva ao Horto Florestal, por exemplo, era utilizada como depósito de resíduos. A Prefeitura limpou a estrada e tapou buracos e, ainda assim, é possível encontrar trechos onde há lixo jogado. “Muita gente não respeita, mesmo com a Polícia Ambiental ali do lado. Não são apenas os ‘coitadinhos’ que fazem isso; há empresários que não cuidam dos seus resíduos e vão depositá-los à beira de estradas. Toda empresa é obrigada a possuir um local de descarte do lixo licenciado pela Cetesb. A solução é a população ficar de olho e avisar a polícia quando vir algo suspeito ou anotar a placa do veículo de quem deposita esse lixo irregularmente”, sugere o secretário.
