sábado, 21 de setembro de 2024
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Servidores esperam que prefeito pague instituto com dinheiro do Itaú

Servidores Públicos Municipais esperam que o prefeito utilize os R$ 10,220 milhões que serão pagos pelo banco Itaú para ter a folha de pagamento da Prefeitura e autarquias, para pagar…

Servidores Públicos Municipais esperam que o prefeito utilize os R$ 10,220 milhões que serão pagos pelo banco Itaú para ter a folha de pagamento da Prefeitura e autarquias, para pagar parte da dívida que a Prefeitura tem com o órgão.

Segundo o presidente do Conselho do Instituto, João Roberto “Mulata” dos Santos, ele recebeu do diretor do Instituto, Wilson Franco de Britto, a promessa que o prefeito estaria usando o dinheiro para pagar parte da dívida, que já gira em torno de R$ 16 milhões, que vem sendo acumulado desde 2004, período em que o pagamento não vem sendo efetuado.

“O Brito disse que o prefeito pagaria a dívida com o dinheiro que fosse recebido da Dívida Ativa ou com a concorrência da folha de pagamento. Pedimos que a promessa fosse feita por escrito, mas até então não recebemos nenhum comunicado”, afirmou João Mulata.

Instituto prepara parcelamento
Procurado ontem, por telefone, o diretor do Instituto de Previdência Municipal, Franco de Britto, sobre a dívida de R$ 16 milhões, referente a falta de pagamento devido ao instituto desde 2005, que está sendo finalizado um projeto para parcelamento da dívida, em 60 meses, que será encaminhado para o Ministério da Previdência para análise e aprovação.

“Como será feito o pagamento é o prefeito quem vai decidir. Não existe nada que vincule o dinheiro da concorrência da folha de pagamento com o pagamento da dívida”, afirmou Franco de Britto.

Dinheiro tem que ser revertido em prol do Servidor
Já o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Aldemar Juliano, afirmou que o dinheiro da concorrência da folha de pagamento da Prefeitura tem que ser revertido em prol dos servidores municipais.

“O dinheiro que os bancos vão trabalhar é dos salários dos servidores. Portanto, o benefício deve ser para a categoria. Ou se paga a dívida com o instituto ou então deveria ser revertido em outros tipos de benefícios, como, por exemplo, a construção de casas para os servidores”, afirmou Juliano.

Segundo Juliano, o Sindicato já conseguiu algumas vantagens na concorrência, como isenção da cobrança de um talão de cheques por mês e das cobranças de taxas. “Só tomamos conhecimento da concorrência 24 horas antes da abertura dos envelopes. Imediatamente enviamos um ofício ao prefeito solicitando que esses benefícios fossem incluídos no contrato, o que foi acatado”, explicou Juliano.

Para o presidente, a categoria deveria ser melhor beneficiada. “Não tínhamos noção do valor da concorrência, mas com R$ 10 milhões dá para fazer muitas coisas em prol dos servidores. Afinal, se não fosse a nossa folha de pagamento, esse dinheiro não iria para a Prefeitura”, finalizou o sindicalista.

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