Uma mulher se apresentou ao Ministério Público do Rio de Janeiro e confessou o assassinato da estudante Priscila Belfort, irmã do lutador Victor Belfort, desaparecida desde janeiro de 2004. Nesta quarta-feira, a Polícia Civil realiza buscas num sítio em São Gonçalo onde o corpo de Priscila teria sido enterrado.
A mulher que confessou o crime se identificou como Elaine Paiva da Silva, 27 anos. Ela admitiu ter participado do seqüestro da estudante e ter sido a autora dos disparos que mataram Priscila.
Elaine contou ainda que decidiu procurar o Ministério Público porque estava sendo ameaçada de morte pelos demais envolvidos no crime.
Versão do crime – Em depoimento na 75ª Delegacia de Polícia do Rio (Rio D’Ouro), Elaine Silva relatou que Priscila foi seqüestrada porque ela e o namorado deviam R$ 9 mil referentes a compras de comprimidos de ecstasy.
A pessoa para quem a estudante devia, então, entrou em contato com um detento do presídio de Bangu I e encomendou o crime. Este detento, por sua vez, contratou Elaine e outros sete criminosos para executar o plano.
Ainda segundo a versão de Elaine, a idéia inicial era seqüestrar Priscila apenas para pressionar a família dela a dar dinheiro para que a dívida fosse paga.
A estudante teria ficado por um mês e meio sob o poder dos seqüestradores. Passado esse tempo, a pessoa para quem Priscila devia os R$ 9 mil teria desistido da cobrança e, segundo Elaine, repassou aos bandidos a ordem para que dessem uma destinação na refém. Foi então que a jovem foi morta.