A Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Unirp – Centro Universitário de Rio Preto, realizará uma pesquisa com cerca de 1,6 mil mães, para avaliar os hábitos alimentares das crianças com até um ano. O objetivo do inquérito é fazer do questionário um instrumento para o gestor refletir, planejar e avaliar as ações para apoio e incentivo da prática do aleitamento materno na cidade.
De acordo com a pediatra e coordenadora do Programa Municipal de Saúde da Criança, Liete Aranha da Silveira, a pesquisa é realizada desde 1998, pelo projeto Amamentação e Município, desenvolvido pelo Instituto de Saúde, do governo do Estado de São Paulo. “A pesquisa será realizada em todo o Estado durante a campanha de vacinação contra poliomielite. Estamos capacitando 120 estudantes de enfermagem e nutrição da Unirp para aplicar o questionário de 46 questões sobre os hábitos alimentares e condições de vida dessas famílias”, explica a pediatra.
Foram selecionados 28 postos de vacinação onde será realizada a pesquisa. Segundo a médica, a escolha dos postos foi feita pelo Instituto de Saúde, que sorteou as unidades de Saúde do município a participar.
Questionário
O questionário é composto por 46 perguntas que devem ser respondidas pela mãe ou responsável pela criança, antes de receber a vacina. “A intenção da pesquisa é verificar quantas crianças estão sendo amamentadas e quais os hábitos alimentares dos que já não estão mais mamando. Queremos saber o que as nossas crianças estão comendo e de que maneira as mães estão fazendo isso, para depois analisarmos os dados e realizarmos ações para incentivar a amamentação exclusiva até os seis meses de idade e a amamentação complementar até os dois anos, como preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS)”, comenta a coordenadora.
O resultado da pesquisa deverá ficar pronto até o início de outubro e ficará à disposição no site do Instituto de Saúde (www.isaude.sp.gov.br).
Amamentação
Dados da OMS apontam que a prática da amamentação salva em torno de 6 milhões de crianças a cada ano, já que a amamentação exclusiva até os 6 meses de vida da criança ajuda a prevenir doenças como diarréia e infecções respiratórias. No Brasil, apesar de estudos evidenciarem uma tendência de aumento da prática da amamentação nas três últimas décadas, não faltam indícios de que ações de proteção, promoção e apoio à amamentação devem ser intensificadas, uma vez que o País está longe de atingir as metas propostas pela OMS.
