A queima da palha da cana-de-açúcar, necessária para a colheita manual da cultura, está suspensa durante todo o dia desde ontem à noite em cidades de oito regiões paulistas. Por determinação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a prática, já proibida entre 6 horas e 20 horas até 15 de outubro, será ampliada para todo o dia nas regiões de Votuporanga, Fernandópolis, Jales, Campinas, Bragança Paulista, além de Araraquara e Barretos.
A medida ocorreu após o registro, no fim de semana de umidade relativa do abaixo dos 20%, bem como de temperaturas próximas aos 35 graus.
A Secretaria do Meio Ambiente alertou ainda ser possível, caso a situação climática não melhore, ampliar a suspensão para as regiões de São José do Rio Preto, Catanduva, Limeira e Rio Claro, no Norte e no Centro do Estado de São Paulo. No entanto, não há menções sobre uma ampliação da suspensão de queima da palha da cana na região de Ribeirão Preto, maior produtora da cultura no País.
Dados da estação meteorológica da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) apontam que a umidade do ar ficou abaixo dos 20% durante todas as tardes de sábado e de ontem em Ribeirão Preto. Em alguns horários do dia, sequer foi possível registrar o porcentual de umidade. Entretanto, entre 16 horas e 17 horas de sábado, a umidade bateu o recorde negativo no ano e chegou a 9% na média do intervalo. Ontem, entre 14 horas e 15 horas, o recorde foi de temperatura, com 34,7 graus Celsius, período em que não havia registro do teor de umidade.
De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe), a frente fria que chega hoje ao norte do Paraná e ao sul de São Paulo vinda do Rio Grande do Sul deve ser deslocada para o oceano durante a semana. Com isso, a previsão é de que o tempo seco e as temperaturas altas permaneçam pelo menos até quinta-feira em boa parte do Estado de São Paulo.
