domingo, 22 de setembro de 2024
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Proprietários da fábrica que pegou fogo falam pela primeira vez

Muito se falou sobre o incêndio na fábrica de estofados Espumalar. Polêmicas envolvendo Laudo de Vistoria do Corpo de Bombeiros e Alvará de Licença por parte da Prefeitura foram criadas,…

Muito se falou sobre o incêndio na fábrica de estofados Espumalar. Polêmicas envolvendo Laudo de Vistoria do Corpo de Bombeiros e Alvará de Licença por parte da Prefeitura foram criadas, mas o principal esqueceram de mencionar: como está, há quase uma semana do acontecido, a família dos proprietários? E os funcionários que lá trabalhavam, como vai ficar a situação deles? Desde o incêndio, esta é a primeira vez que a família de Douglas Neves Fernandes e Moniele Neves Fernandes, proprietários da Espumalar, se manifestaram e comentaram como está a situação no momento. Ele, juntamente com a outra irmã Mirela Neves Fernandes e a mãe Cleonice Neves Fernandes, recebeu a reportagem do jornal A Cidade na residência. Eles falaram com exclusividade sobre os pontos de vista do pesadelo que estão vivendo desde a última segunda-feira. O único pedido durante a entrevista foi em não fazer fotos. Mais um dia normal de trabalho: assim deveria ser a segunda-feira, dia 27, para a família Espumalar. O expediente se encerrava às 17h20 e como de praxe, alguns funcionários ainda permaneciam no interior da fábrica para a limpeza e organização dos setores. Segundo Douglas, naquele dia, momentos antes do fogo se iniciar, ele estava dentro do escritório e três funcionários limpando o prédio. Tudo tranqüilo até que os trabalhadores vêem uma labareda de fogo surgindo entre uma pilha de espumas. “Eu estava no escritório e o fogo começou do lado ao contrário de onde estavam os três funcionários fazendo a limpeza. E foi tudo muito rápido. Os três ainda me chamaram, corremos para tentar apagar o fogo com extintor, mas não deu tempo”, disse. O proprietário ressaltou que muito se falou sobre uma faísca que teria saído de uma laminadora, o que seria a provável causa do acidente, mas reforçou que nenhuma máquina estava ligada naquele momento, o que descarateriza essa hipótese. “Para ter sido culpa de uma faísca a máquina teria que estar ligada e ela não estava. Acreditamos que pode ter sido algum curto circuito, mas isso para ter uma certeza só depois do laudo”, comentou. Douglas não sabe precisar a quantidade de extintores que a Espumalar possuía, mas disse que eram entre oito e nove. “O fogo é coisa de maluco, é tudo muito rápido. Veio mesmo com uma força que a gente teve que correr, porque se você ficar por ali é perigoso acontecer uma tragédia maior. Do escritório a gente conseguiu recuperar alguma coisa no outro dia, porque teve algumas partes que não foram afetadas, mas a maioria queimou tudo. Só foi mesmo o tempo de sair correndo”, lembrou.

Ajuda
Naquela segunda-feira, para combater o fogo, o Corpo de Bombeiros de Votuporanga utilizou 300 mil litros de água. Foram 19 homens trabalhando no local, com ajuda de caminhões pipas da Usina Noroeste Paulista (UNP), de Sebastianópolis do Sul, da Saev (Superintendência de Água e Esgoto) e Prefeitura. Como no município o Corpo de Bombeiros possui apenas caminhões de água, foi necessário pedir reforço do Corpo de Bombeiros de Fernandópolis, que possui uma unidade de espuma, que combate o fogo com maior rapidez. Da Polícia Militar, o tenente Alex Brito de Moura disse que trabalharam 16 policiais que estavam naquele expediente e mais 10 de folga que foram chamados a ajudar.

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