sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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MP pede condenação de homem que matou PM

Após um ano da morte do policial rodoviário Carlos Magno do Carmo, o Tribunal do Júri de Votuporanga se prepara para o julgamento de Oscar Rodrigues da Silva, acusado de…

Após um ano da morte do policial rodoviário Carlos Magno do Carmo, o Tribunal do Júri de Votuporanga se prepara para o julgamento de Oscar Rodrigues da Silva, acusado de matá-lo no dia 1º de setembro do ano passado. Na segunda-feira o processo foi devolvido pelo promotor Cleber Takashi Murakawa, que atuará no caso, e para uma data ser marcada resta apenas um parecer do advogado Silvanio Hortêncio Pirani, que irá contrariar o libelo-crime acusatório. A expectativa é que no prazo de um mês o juiz de Direito da 1ª Vara, Jorge Canil, já tenha os documentos da defesa e da acusação em mãos para marcar a data do julgamento. Logo em seqüência será feito o sorteio dos 21 jurados que vão compor o Júri. O promotor de Justiça que pedirá a condenação de Silva vai trabalhar com cinco justificativas. O Ministério Público vai tentar provar que naquele dia primeiro de setembro, o acusado seguia pela rodovia Euclides da Cunha, na altura do quilômetro 514 + 640 metros, com seu veículo Del Rey, placas CTO-4296 e atropelou o policial Calos Magno em razão de vários ferimentos, que por sua vez foram a causa da morte da vítima. A terceira justificativa é a de que Silva utilizou-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, tendo em vista que direcionou o seu automóvel, em alta velocidade, contra o policial militar. Ainda de que “o atropelamento seria para assegurar a impunidade de outro crime, ou seja, o homicídio anteriormente praticado contra Marlenice Barbosa Passeti, em Mirassol”. No dia do acidente, o acusado transportava dentro do carro um revólver da marca Rossi, calibre 22, com quatro cápsulas intactas. De acordo com o libelo-crime acusatório, Murakawa tentará provar que o acusado não tinha autorização e estava em desacordo com determinação legal ou regulamentar para trafegar com uma arma.

Crime
O atropelamento seguido da morte do policial Carlos Magno do Carmo chocou a corporação da Polícia Militar. O fato aconteceu por volta das 16h10 do dia 1º de setembro de 2006. Segundo consta nos autos, Oscar Rodrigues da Silva seguia pela rodovia Euclides da Cunha, com seu Del Rey, transportando um revólver calibre 22, com quatro cápsulas intactas, quando “na altura do quilômetro 514, em alta velocidade, realizou ultrapassagens perigosas e em locais proibidos, oportunidade em que foi avistado pelo policial rodoviário”. Ainda consta que em razão dos atos perigosos, o policial teria ido até o leito da rodovia e posicionado de forma estratégica na faixa divisória das duas pistas, emitindo sinais com os braços, para o denunciado parasse. “Contudo, sem permitir qualquer chance de defesa à vítima e utilizando-se de veículo automotor de considerável potência, para ficar impune do homicídio que acabara de cometer, Oscar direcionou o Del Rey, colocando os pneus deste entre as faixas divisórias e mirou na direção do policial, imprimindo maior velocidade, atingindo Carlos Magno, que até tentou correr do local, mas não logrou êxito, sofrendo morte instantânea”.

Assassinato
Antes mesmo de matar o policial rodoviário, Silva teria assassinado a ex-namorada, Marlenice Barbosa Passeti mediante golpes de faca. Como este crime aconteceu em Mirassol, não será julgado pelo Fórum de Votuporanga. Em razão deste primeiro caso, o acusado empreendeu fuga pela rodovia Euclides da Cunha, a fim de não ser encontrado, ocasião que acabou matando Carlos Magno.

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