Os resultados da contagem feita pelo IBGE em Olímpia nos últimos quatro meses, terminada em agosto e divulgados no final do mês passado, apontou um crescimento populacional pouca coisa superior a 4%, na comparação com o Censo realizado em 2000. Neste período de sete anos, Olímpia viu seu contingente de habitantes passar de 46.013, para 48.004, ou seja, 1.991 moradores a mais. O resultado, no entanto, ficou abaixo da estimativa obrigatória feita até julho do ano passado, que apontava população de 48.309 habitantes.
Porém, técnicos do Instituto consideraram o resultado dentro do previsto, porque geralmente há muita especulação sobre o crescimento populacional de uma cidade, que acaba não correspondendo. “Às vezes cresce o número de casas, mas não de pessoas”, analisa Maria Paz Rodriguez Berrios, que foi agente censitária responsável pelo trabalho em Olímpia. “A contagem é feita somente sobre os moradores efetivos. Estudantes que deixam a cidade ou moradores flutuantes não são contados”, completa.
Ela garante que o trabalho foi feito dentro daquilo que foi programado. Sobre algumas reclamações havidas de que os censeadores não passaram em determinadas regiões ou endereços, Maria Paz é enfática: “Na cidade, tais afirmações são mentiras. Na zona rural pode até ter ocorrido um ou outro caso, porque é mais difícil o controle. Mas, ainda assim, nada que tenha comprometido o resultado final. Nossa chefia considerou este, aliás, o melhor trabalho já feito no tocante ao Censo. E considerou normal os números apurados”, enfatizou.
Para o IBGE, o que vale são os números apontados pelo levantamento, uma vez que a estimativa não tem valor concreto, pois trata-se apenas de uma expectativa numérica. Portanto, a somatória final apontou crescimento, e não redução de habitantes. Tendência que se observou também na comparação com a contagem feita em 1996, quando se apurou que a cidade tinha 44.879 habitantes. Em relação ao Censo 2000, portanto, houve aumento de 1.134 pessoas.
Quanto à estimativa, ela é divulgada sempre até o 31 de agosto de cada ano, por força da Lei Complementar nº 59, de 22 de dezembro de 1988, bem como o artigo 102 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992. Mas, não existe a obrigatoriedade dos números estimados serem alcançados, sendo que muitas vezes eles podem até ser ultrapassados.
