sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Morte de policial é julgado hoje

O Tribunal do Júri de Votuporanga julga hoje o caso do réu Oscar Rodrigues da Silva, acusado de matar atropelado, o policial rodoviário Carlos Magno do Carmo, no dia 1.º…

O Tribunal do Júri de Votuporanga julga hoje o caso do réu Oscar Rodrigues da Silva, acusado de matar atropelado, o policial rodoviário Carlos Magno do Carmo, no dia 1.º de setembro de 2006. Preso em flagrante, ele está desde a data do fato no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José do Rio Preto.

Segundo o juiz Jorge Canil, que presidirá os trabalhos, o caso de hoje é inédito na Comarca de Votuporanga, porque até então nenhum crime de trânsito havia ido a júri popular.

O promotor Cleber Takashi Murakawa, responsável pela acusação de Silva, sustentará que o homicídio foi duplamente qualificado. Primeiro, porque a vítima não teve como se defender e segundo, porque o réu teria agido para assegurar a impunidade de outro crime, cometido por ele minutos antes do atropelamento, em Mirassol.

De acordo com a denúncia, Silva também está sendo acusado pelo Ministério Público daquele município, de ter matado no mesmo dia, com vários golpes de faca, a ex-namorada Marlenice Barbosa Passeti. No entanto, em contato com o Fórum de Mirassol, o Diário apurou que o julgamento dele pelo assassinato da ex-companheira, ainda não foi agendado.

No processo, a versão narrada por Murakawa, é de que visando fugir do local onde cometeu o primeiro crime, o réu pegou seu carro e saiu em alta velocidade pela Rodovia Euclides da Cunha, no sentido Votuporanga, realizando diversas ultrapassagens perigosas, em locais proibidos.

A vítima, que então fiscalizava a via no km 514, ao constatar as irregularidades, se posicionou de forma estratégica na faixa que divide as duas pistas, onde fez sinais de parada obrigatória a Silva. Porém, o acusado não obedeceu ordem e ainda mirou o carro em direção ao policial, que tentou correr, mas foi atingido.

Na época do fato, a Polícia Civil cogitou que provavelmente Silva pensou que o cabo da Polícia Rodoviária já tinha ciência do assassinato ocorrido em Mirassol, e que queria prendê-lo naquele momento, ao invés de apenas autuá-lo pelas infrações.

Magno, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas já chegou a Santa Casa de Votuporanga sem vida. O réu, que também ficou ferido na ocasião, assim que recebeu alta médica, foi recolhido a cadeia da cidade.

Depois do acidente, os policiais que revistaram o veículo do acusado, encontraram em seu interior, um revólver calibre 22 municiado com quatro projéteis intactos. Conforme a denúncia, Silva não possuía autorização para portar a arma que ainda estava em desacordo com a legislação, e por isso, também responderá pelo crime de porte ilegal de arma de fogo. O Conselho de Sentença será formado pelos jurados já pré-selecionados. A defesa do réu será realizada pelo advogado Silvânio Hortêncio Pirani.

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