O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), confirmou nesta segunda-feira que a licença do mandato de 10 dias do presidente afastado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pode prejudicar o andamento de processos por quebra de decoro parlamentar contra o peemedebista.
Quintanilha argumentou que a quinta representação, que investiga se o presidente licenciado do Senado tentou espionar senadores, e a sexta, que investiga se ele apresentou emendas para beneficiar uma empresa fantasma, podem ser prejudicadas. Os outros processos, no entanto, continuam andando normalmente, segundo ele.
“Os que já estão tramitando não vão ser prejudicados, já que hoje não tem nenhuma diligência que dependa dele. O prazo para ele entregar a defesa continua. Nos novos poderemos ter algumas dificuldades até para fazer a notificação se ele (Renan) estiver fora de Brasília”, afirmou Quintanilha.
Segundo a assessoria de Calheiros, a licença de dez dias é para que o parlamentar possa fazer exames médicos de rotina. Desde que pediu afastamento da presidência, na quinta-feira da semana retrasada, ele ainda não apareceu para sessões do Senado.
Calheiros já foi absolvido de um processo e responde a outros quatro no Conselho de Ética. Amanhã a reunião da mesa também servirá para decidir sobre a sexta representação.
O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), preferiu não fazer interpretações sobre o pedido de licença do mandato de Renan Calheiros. Viana comentou que a reunião da mesa diretora marcada para amanhã pode decidir por esperar os outros processos serem finalizados para deliberar sobre a sexta representação.
