O rompimento em um dos canos de um caminhão tanque da empresa Demop Participações fez cerca de 3 mil quilos de emulsão asfáltica – produto usado na confecção da capa asfáltica – vazarem na tarde de ontem. O acidente aconteceu por volta das 12 horas no canteiro que divide a rodovia Euclides da Cunha e a avenida Nasser Marão Filho.
O líquido alcançou a canaleta de água pluvial e escorreu pela guia da sarjeta da avenida. No entanto, por ser uma substância que em contato com o ar se solidifica, os danos ambientais não foram graves.
Segundo o biólogo Alcides Arroyo Filho, da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) os responsáveis pela empresa não serão multados, mas foram advertidos que todo produto derramado deverá ser recolhido. Ele esteve na tarde de ontem acompanhando o trabalho dos policiais ambientais e funcionários da Demop. Arroyo Filho ainda comentou que o líquido que escorreu pela canaleta e pela guia da sarjeta da avenida vão secar, mas será impossível fazer a retirada. Dorival Remedi Scamatti, sócio-proprietário da Demop, também compareceu no local do acidente e disse que a limpeza da área irá ser efetuada. De acordo com Scamatti, não se sabe porque o cano do caminhão tanque rompeu. “Talvez seja pela pressão da bomba ou por alguma outra coisa. Ainda não sabemos. Mas a limpeza no local nós vamos fazer e o que for retirado vai ser jogado em um aterro”, declarou. A Polícia Ambiental de Votuporanga elaborou o boletim de ocorrência e para o sargento Rogério Marques Fernandes, o próprio auto de inspeção da Cetesb já determina que o produto derramado seja retirado.
“Foi feito boletim e agora é aguardar a limpeza. Se ela não for feita aí sim os responsáveis serão autuados. Por enquanto essa é só uma advertência”, falou.
Cano
O caminhão tanque da empresa Demop estava estacionado no pátio de uma loja especializada em peças, na avenida Nasser Marão Filho. Foi no momento de deixar o local que o cano rompeu.
Segundo constatado pela reportagem, o produto já começou a vazar desde a calçada da loja e cortou as duas mãos de direção da avenida, atingindo o canteiro que divide a rodovia.
Perigo
O sargento da Polícia Ambiental explicou que se a emulsão asfáltica atingisse algum córrego em Votuporanga, certamente os danos ambientais seriam maiores. Além de matar peixes, todo tipo de ave que chegar próximo ao líquido, fica com as penugens repletas de óleo, dificultando até mesmo a sobrevivência.
