domingo, 10 de novembro de 2024
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Sítio doado para a UNESP torna-se objeto de pesquisas

O Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da UNESP, campus de São José do Rio Preto, iniciará atividades de pesquisa na…

O Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da UNESP, campus de São José do Rio Preto, iniciará atividades de pesquisa na Reserva Biológica “Sebastião Meimberg Porto”, que pertence à universidade desde abril de 2007.

A reserva está localizada em um sítio de 33,25 alqueires no município de Icem, na região noroeste do Estado de São Paulo, que foi doado à UNESP por um senhor de 84 anos, conhecido como Seu Sebastião. O doador justificou seu ato afirmando que o local deveria ser destinado aos “bichos de quatro patas”. Em homenagem a ele, a reserva leva seu nome.

As atividades serão desenvolvidas no mês de dezembro, durante a disciplina “Métodos de Campo em Biologia Animal”, ministrada pelos docentes Denise Rossa-Feres, Lílian Casatti, Antonio Carlos Lofego e Gustavo Quevedo Romero. De acordo com Rossa-Feres, serão realizados dois tipos de atividades: inventários preliminares de diversos grupos taxonômicos, como aranhas, ácaros, insetos, anfíbios, morcegos e aves, e projetos em ecologia de interação entre espécies.

Antes de a Estação Ecológica “Sebastião Meimberg Porto” existir, os docentes utilizaram a área da “Mata da Usininha de Marimbondo”, de responsabilidade da prefeitura Municipal de Icem, e a Estação Ecológica de Caetetus, localizada nos municípios de Gália e Alvinlândia, para ministrar a disciplina.

Preservação – A docente explica que a disciplina sempre é ministrada em locais bem preservados e em mês de estação chuvosa: “Nesse período há maior diversidade de espécies ativas. Em épocas secas, a maioria dos grupos animais não está ativa e não é encontrada”. Segundo Rossa-Feres, o aquecimento global e o agronegócio do álcool tendem a contribuir para a ocorrência de extensas estações secas.

A manutenção do meio-ambiente foi o principal motivo que levou Seu Sebastião a realizar a doação. “Quero que o sítio preserve a fauna e a flora, pois elas já estão no finzinho”, declarou. A partir das pesquisas que serão realizadas na estação ecológica, além de ser ambiente de preservação da natureza, a mata servirá como fonte de conhecimento para a área de biologia animal.

Fonte: Unesp

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