quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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A revolução de 64 foi um golpe militar ou um contragolpe no comunismo?

Muitos não saberão responder o questionamento por falta de conhecimento, ou melhor, por desconhecimento histórico. Para uns, história é história, isto é, os atos e fatos relatados como aconteceram, com…

Muitos não saberão responder o questionamento por falta de conhecimento, ou melhor, por desconhecimento histórico.
Para uns, história é história, isto é, os atos e fatos relatados como aconteceram, com visão do momento; para outros, história é estória, contos conforme são os desejos e ficções remodeladoras de acontecimentos passados.
Primeiro, “contragolpe no comunismo” não existiu, posto que não ocorreu nenhum golpe comunista assumindo o poder no Brasil até 1964. Anteriormente houve sim, movimentos tais como: da Intentona Comunista, do Levante Agrário, da Coluna Prestes, do Levante do Forte de Copacabana, etc., nas décadas de 30 e 40, mas foram movimentos que não culminaram com a tomada do poder pelos revoltosos.
Nos idos de 64, o ambiente político nacional caminhava no sentido de um golpe popular a ser desfechado por forças políticas, militares e camponesas, base de apoio a Jango Goulart, vice-presidente que assumira o poder com a renuncia de Jânio Quadros, e lideradas por lideres esquerdistas polêmicos e destemidos, no norte, Arraes, governador de Pernambuco, com as ligas camponesas, e Brizola, governador no Rio Grande do Sul, além de políticos comunistas encastelados no governo federal e nos diversos partidos políticos existentes, já que a PC estava proscrito desde a época de Getúlio Vargas.
Todas as células esquerdistas eram muito bem dotadas de métodos de agitação e propaganda nos grandes centros urbanos e na imensidão de terras, e, agravando o clima econômico social, estas terras iam se transformando em improdutivas diante do êxodo rural implacável, gerando um grande contingente de trabalhadores fugindo dos campos para as cidades.
Estas forças pregavam a Reforma Agrária, Reforma do Inquilinato, radicais, a quebra dos direitos à propriedade privada (urbana e rural), a estatização total do processo econômico, financeiro e social, além de outras questões nacionais que estavam balizadas pelo ambiente cristalizado pelo choque entre as doutrinas econômicas que dividiam o mundo moderno, o capitalismo (Estados Unidos, Inglaterra, França, etc.) e o comunismo (União Soviética, China e países balcânicos sob a esfera russa).
Tudo isso num período quente da predominante guerra fria, inclusive com o encastelamento de uma peça avançada, no tabuleiro do xadrez mundial de países americanos, com a transformação da ditadura de Fidel Castro em enclave comunista entre as duas Américas maiores, no centro delas e no calcanhar americano. Em Cuba, na época, mais de uma centena de milhares de pessoas contrárias ao regime foram levadas ao “paredon” e fuziladas sumariamente. Isto atemorizou muita gente!
Naqueles idos, Jânio Quadros havia condecorado o “Che Guevara” no Palácio do Planalto, e, já governo sob a batuta de Jango – visitando a China -, a sinalização de que o golpe estava iminente foi a Revolta dos Sargentos, no Rio, militares do exército que pregavam a desobediência às forças castrenses.
O sinal maior de que o Brasil não queria o regime esquerdista, modelo da época, foi a reação da sociedade civil organizada, lideradas pela Igreja, com diversas “Marcha com Deus, pela Pátria e a Liberdade”, espocando por todos os estados brasileiros, com milhões de brasileiros indo às ruas protestarem contra o ambiente político e econômico conturbado e incerto.
Então posso dizer que o que houve de fato, com a atuação dos chefes militares, foi um golpe preventivo contra o comunismo (esquerdismo da época, muitos pseudo-socialistas de hoje e que já governaram recentemente muitos estados brasileiros, depois da falência do comunismo mundial), mesmo porque as forças civis no Congresso Nacional não se entendiam e o clima ia se degringolando cada vez mais. O clima era de tensão e incertezas no cenário nacional, como hoje se vê na questão fidelidade partidária e com o próprio eleitor que não confia mais nos políticos. É preciso golpe preventivo neles, e o STF está balizando isto. Será que vingará e os infiéis vão continuar decidindo as questões nacionais maiores em troca de fisiologismo nefasto e interesseiro? Aja falta de vergonha e hombridade.
Comunismo era o esquerdismo da época. Muitos pseudo-socialistas contemporâneos, comunistas disfarçados no passado, já governaram recentemente muitos estados brasileiros – inclusive ocupam cargos no governo federal atual -, depois da falência do comunismo mundial, sem tanta quizumba, pega-pega, esparrame, esporro, perereco, rixa ou rolo do passado recente que hoje está custando à nação enormes indenizações aos que perderam o quebra-pau. Quem ganhou não recebeu indenização nenhuma, durma-se com um barulho deste. Tchau, Cremon, vou dormir!
João Baptista Leone Sobrinho
e-mail: joaoleonesob@popline.com.br

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