sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Fórum deve continuar com debates sobre mudanças na Previdência

Por causa da falta de consenso entre empregadores e trabalhadores sobre as principais mudanças no sistema previdenciário brasileiro, os debates do Fórum Nacional de Previdência Social devem continuar. Os integrantes…

Por causa da falta de consenso entre empregadores e trabalhadores sobre as principais mudanças no sistema previdenciário brasileiro, os debates do Fórum Nacional de Previdência Social devem continuar. Os integrantes do fórum, composto por representantes do governo federal, dos empresários, dos trabalhadores e dos aposentados, apresentaram hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva os resultados de mais de oito meses de debate.

As questões em que houve consenso podem ser encaminhados ao Congresso Nacional por meio de projeto de lei.

A idade mínima e o tempo de contribuição dos trabalhadores foi um dos pontos em que não houve consenso. Os empresários querem aumentar gradualmente a idade mínima para aposentadoria, até chegar a 67 anos para homens e 62 para mulheres. Hoje, a idade mínima é de 65 anos para homens e de 60 para as mulheres.

A justificativa é que a expectativa de vida dos brasileiros está aumentando, por isso, o tempo de contribuição também deve aumentar. Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, nos últimos 20 anos, a expectativa de vida aumentou 10 anos, e a parcela mais idosa da população praticamente dobrou .

Já os trabalhadores querem que as regras passem a valer apenas para os que ainda não estão trabalhando. “O empresariado quer, desde já, aumentar a idade mínima e o tempo de contribuição. Nós achamos que isso pode valer para os novos trabalhadores, para aqueles que não estão no mercado de trabalho”, disse Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical e deputado pelo PDT de São Paulo.

Outro tema que não teve consenso entre trabalhadores e governo foi a possibilidade de deixar de cobrar a contribuição da Previdência sobre a folha de pagamento das empresas e passar a cobrar sobre o faturamento líquido das empresas. Paulinho disse que o governo tem medo de enfrentar a questão, pois não sabe qual o montante que viria do faturamento.

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