sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Colômbia extradita 14 líderes paramilitares para os EUA

Em medida surpreendente, o governo do presidente Álvaro Uribe extraditou hoje para os Estados Unidos 14 líderes paramilitares. Segundo as autoridades, eles estavam presos, alguns por acusações de narcotráfico, e…

Em medida surpreendente, o governo do presidente Álvaro Uribe extraditou hoje para os Estados Unidos 14 líderes paramilitares. Segundo as autoridades, eles estavam presos, alguns por acusações de narcotráfico, e voltaram a cometer crimes dentro da prisão. O governo tem “a certeza de que (os paramilitares) estavam delinqüindo ou reorganizando estruturas de delinqüência” na prisão, afirmou o ministro do Interior, Carlos Holguín, à rádio Caracol. Os 24 líderes paramilitares estavam em diferentes prisões de alta segurança colombianas. Eles haviam se desmobilizado como parte de uma negociação com o governo de Uribe, a partir de 2003.

O grupo foi embarcado em um avião que partiu de Bogotá para Miami, segundo o ministro. Holguín não deu detalhes sobre as acusações feitas pelos EUA aos paramilitares. Em Washington, a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, disse que o governo do presidente George W. Bush esperava que a extradição convencesse os membros do Partido Democrata de que Bogotá está comprometida com o combate à violência e ao narcotráfico.

Os democratas, que dominam o Congresso, têm protelado a confirmação de um tratado de livre comércio com a Colômbia, argumentando que o governo de Uribe não faz o suficiente para combater a violência contra sindicalistas. Segundo um funcionário que falou sob condição de anonimato, o avião com os paramilitares saiu de Bogotá às 7 horas (locais). Dois suspeitos seriam deixados em Miami, oito em Washington e os outros quatro em Nova York e Houston.

Imagens de televisão mostraram alguns dos extraditados caminhando para o avião. Entre os membros do grupo estão Salvatore Mancuso e Diego Murillo, apelidado de Don Berna. Ambos estavam entre os chefes mais conhecidos e ativos nesses esquadrões da morte, aos quais se atribui centenas de assassinatos, além de envolvimento com tráfico de drogas, dos anos 1990 até sua desmobilização.

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