A Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Votuporanga incinerou na tarde de ontem pouco mais de 17 quilos de drogas que foram apreendidas em ocorrências no município e região. Esta é a primeira incineração do ano. Os trabalhos ocorreram em uma das caldeiras da empresa Frango Rico.
O delegado Antônio Marques do Nascimento disse que a equipe da Dise tem apreendido pouca quantidade de droga devido ao trabalho insistente contra o tráfico na cidade, porém, atuado em maior número de ocorrências. Ele falou que alguns entorpecentes incinerados na tarde de ontem foram apreendidos em 2006. “Para a incineração, é preciso acumular uma quantidade relativa de droga e ter a autorização do Ministério Público”, contou. Até receber o aval do MP, o entorpecente fica na Dise ou na Delegacia Seccional, aos cuidados da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes. Nascimento acrescenta que os próximos trabalhos podem ocorrer em 2009. A última incineração ocorreu no segundo semestre do ano passado.
Droga
Foram incinerados pela Dise 44,5 comprimidos de ecstasy; 109 micropontos de LSD; 13,919 quilos de maconha; 1,299,105 quilos de cocaína e 1,870,97 quilos de crack. No total, foram 17,089,075 quilos de entorpecente.
A Dise não divulgou o valor da droga incinerada, mas informou a quantia que cada entorpecente é comercializado. O quilo da cocaína e crack é vendido a R$ 13 mil; o da maconha R$ 450, e cada microponto do LSD ou comprimido de ecstasy, vale entre R$ 20 e R$ 30.
Exigência
A lei 11.343/06 exige que o Ministério Público acompanhe os trabalhos de incineração. Para isso, o promotor Cleber Takashi Murakawa esteve presente. A Polícia Técnica, o Garra (Grupo Armado contra Repressão a Roubos e Assaltos), representantes do Fórum de Votuporanga e membros da vigilância, sanitária também presenciaram a incineração.
(Karolline Bianconi, colaborou)
