sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Candidatos de Campinas prevêem gastar R$ 15 milhões na campanha eleitoral

Os nove candidatos a prefeito de Campinas prevêem gastar, juntos, R$ 15,1 milhões na campanha eleitoral deste ano, que está nas ruas desde o último domingo. O valor é 60,63%…

Os nove candidatos a prefeito de Campinas prevêem gastar, juntos, R$ 15,1 milhões na campanha eleitoral deste ano, que está nas ruas desde o último domingo. O valor é 60,63% maior do que o previsto nas eleições de 2004, quando os sete candidatos declararam a intenção de despender R$ 9,4 milhões para conquistar os votos dos eleitores campineiros.

No pleito deste ano, a maior estimativa de gasto declarado à Justiça Eleitoral é do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), candidato à reeleição, que estimou que poderá consumir R$ 5 milhões. O menor valor é do candidato do PSOL, o vereador Paulo Bufalo, que estimou apenas R$ 200 mil.

Os valores apresentados pelos prefeituráveis, porém, estão longe da previsão dos especialistas em marketing político, que calculam que a estruturação das campanhas majoritárias em Campinas deverá custar entre R$ 10 milhões e R$ 45 milhões cada uma. As produções de TV, rádio, pesquisas e mão-de-obra são responsáveis pela maior parte dos gastos. Alguns marqueteiros estimam que o custo do voto gira em torno de R$ 15,00 por eleitor – o que daria um total de R$ 10,8 milhões, se considerados os 724.992 eleitores campineiros. Para a Câmara de Vereadores, os candidatos pretendem gastar entre R$ 75 mil e R$ 300 mil.

As cifras maiores divulgadas pelos candidatos majoritários, de acordo com os consultores políticos, sinalizam que as restrições e o aumento na fiscalização – principalmente sobre o aporte financeiro -, impostas pela Justiça Eleitoral, já começaram a surtir efeito. Porém, eles avaliam que isso está longe de significar que a adoção do caixa 2 – uso de dinheiro não-contabilizado – nas campanhas eleitorais foi abolida. “Hoje até a doação de serviço tem que ser declarada. O cerco da Justiça está surtindo efeito, mas muitos dos candidatos ainda vão usar o caixa 2”, disse um consultor político que pediu para não ser identificado.

As campanhas eleitorais são divididas em eletrônicas e “de chão”, sendo que a primeira envolve o trabalho da agência de publicidade e produtora de programa de televisão e, a segunda, a contratação de cabos eleitorais e de carro de som e o funcionamento dos comitês.

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