Depois de 18 dias de paralisação, representantes do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Ribeirão Preto, que coordena o movimento em Catanduva, não souberam estimar o quanto de prejuízo que a greve já ocasionou à população da cidade.
De acordo com Warlei Fernandes, diretor de formação do sindicato, não há como estimar quantas cartas não foi entregues.
“Todo o trabalho está paralisado. Aproximadamente 90% dos funcionários do setor de distribuição cruzaram os braços”, limitou-se a dizer.
Neste sábado, representantes dos trabalhadores dos Correios vão se reunir com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, para tentar um acordo.
“Entretanto, essa reunião (com o ministro) não significa que a greve vai terminar. Nossa paralisação continua neste sábado e, na próxima segunda-feira, vamos realizar uma nova assembléia”, destacou Fernandes. Em nível de Brasil, 108 milhões de cartas deixaram de ser entregues.
Temporários
O sindicalista explicou que é proibida a realização de contratação de funcionários temporários.
“Independentemente do período de paralisação, a Promotoria Pública impede que seja tomada tal atitude, já que é contra a Lei. Além disso, a aplicação de serviços terceirizados está totalmente descartada”, explicou.
A reivindicação da categoria vem desde o ano passado. Havia uma lei, número 193/07, sobre reivindicação dos trabalhadores vetada pelo presidente Lula porque existia erro de texto. O presidente concedeu 30% de aumento, contemplando os trabalhadores dos Correios. Após 90 dias, a empresa não teria repassado o reajuste.