O INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) divulgou esta semana o IGC (Índice Geral de Cursos da Instituição) de 1.448 instituições de ensino superior do país. O IGC é o indicador de qualidade de instituições de educação superior utilizado pelo Ministério da Educação e pontua as instituições em faixas de 1 a 5 (sendo 5 a nota mais alta).
A FEF obteve índice 3 e a avaliação reafirma a qualidade de ensino na instituição, especialmente dentre as faculdades integradas e isoladas da região. A avaliação dividiu as instituições em três grupos distintos: universidades, centros universitários e faculdades integradas e isoladas. A FEF se classifica neste terceiro grupo. A divisão entre os tipos de instituições é importante porque a avaliação leva em conta itens diferentes para cada uma delas.
As universidades, por exemplo, gozam de autonomia plena, isto é, não precisam de autorização do MEC para criar novos cursos, sedes, aumentar ou diminuir o número de vagas e fechar cursos. Mais do que a formação na graduação, as universidades oferecem pesquisa e extensão. Além disso, elas precisam ter 70% do corpo docente formado por professores titulares (ou seja: com a mais alta qualificação) e oferecer cursos em pelo menos cinco áreas do conhecimento. Os centros universitários também têm certa autonomia, e precisam ter 70% de professores titulares, mas não são obrigados a fazer pesquisa. Também não precisam oferecer pós-graduação stricto sensu. Já as faculdades não gozam de nenhuma autonomia. Precisam de autorização do MEC para abrir cursos, aumentar ou diminuir vagas e não são obrigadas a oferecer pós-graduação.
No total, 1.837 instituições foram avaliadas em todo o país, mas 389 ainda não tiveram o IGC calculado porque são, de modo geral, instituições novas, que não possuem concluintes em seus cursos. No Estado de São Paulo, foram avaliadas 35 universidades, 48 centros universitários e 364 faculdades integradas e isoladas, das quais 289 obtiveram IGC. A FEF está entre as 149 faculdades integradas do Estado que obtiveram o índice 3. Em comparação com outras faculdades integradas e isoladas da região, a Fundação Educacional de Fernandópolis foi a instituição com melhor avaliação geral.
O cálculo do IGC é feito a partir da média dos conceitos preliminares dos cursos da instituição (CPC). Para a elaboração do CPC, são levadas em conta as notas do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), a qualificação do corpo docente, os recursos didático-pedagógicos e a infra-estrutura e equipamentos da instituição. Com relação a este último item, a avaliação é feita pelos alunos por meio de um questionário e não por visita presencial de uma comissão no MEC na instituição. Em 2007, foram avaliados pelo Enade alunos dos cursos de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Farmácia, Enfermagem, Biomedicina, Nutrição, Terapia Ocupacional, Serviço Social e Educação Física.
Apesar de ainda se constituir como faculdades integradas, a FEF já possui estrutura para se credenciar como Centro Universitário, pois o corpo docente tem a qualificação necessária, são oferecidas 48 opções de pós-graduação pela instituição, inúmeros projetos de pesquisa e extensão estão em andamento, além da estrutura física ampla e bem equipada. Um grande passo nesta direção foi dado em 2007, quando uma equipe do MEC esteve na instituição para fins de avaliação externa e recredenciamento. Os profissionais do Ministério da Educação puderam conhecer pessoalmente a Fundação, que obteve conceito máximo (5) nesta avaliação. Com este conceito, a instituição pôde dar início ao processo de credenciamento como Centro Universitário.
