Este Diário confirmou ontem informações que indicavam que o único banco, entre as 9 instituições financeiras da cidade, o Bradesco, estaria “furando a greve dos bancários” em Fernandópolis. Após constatar que o Bradesco abriu as portas após as 12 horas de ontem, a reportagem deste Diário ouviu também o Sindicato dos Bancários da cidade. O Sindicato informou que os funcionários do referido banco entraram na agência da rua São Paulo às 7 horas da manhã, o que impediu uma ação corpo-a-corpo dos bancários em greve, de 8 bancos da cidade, com os funcionários do Bradesco, na tentativa de convence-los a também aderirem à greve. Na última quarta, dia 8, um apitaço realizado por bancários em greve e coordenado pelo Sindicato da categoria, conseguiu, segundo representantes sindicais, que o Bradesco funcionasse normalmente. A categoria reivindica aumento real de 5% além do reajuste da inflação de 7,15%, valorização dos pisos, auxílio-creche e cesta-básica de R$ 415, vale-refeição de R$ 17,50 por dia, além de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) composta de três salários mais valor fixo de R$ 3.500. Os bancários são uma das poucas categorias do país com um acordo coletivo nacional. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse nesta quarta, dia 8, que não divulga balanço de paralisações. A assessoria de imprensa da Febraban informou que as contas não terão o vencimento adiado e devem fazer o pagamento no prazo. Para isso, a federação orienta que a população procure canais alternativos de atendimento, como telefone, caixas eletrônicos, internet, casas lotéricas, agências dos correios e supermercados estes serviços. Sindicatos regionais da categoria, formada por 434 mil bancários em todo o Estado de São Paulo, informam que ontem, mais de 3000 agências continuaram de portas fechadas no estado. (João Leonel)
