A presidenta da Funec – Fundação de Educação e Cultura – professora Anésia Sodré Coelho determinou anteontem a instauração de processo disciplinar contra uma estudante do 2º ano do curso de Pedagogia, acusada de atirar um líquido corrosivo contra calouros na segunda-feira passada. Se for comprovada a culpa dessa aluna, ela poderá até ser expulsa da faculdade.
O fato foi manchete dos principais telejornais e da mídia impressa durante esta semana.
A estudante Priscila Vieira Muniz, 18 anos, grávida de três meses, aprovada para o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, foi recebida com violência por alunos veteranos de outros cursos. Ela sofreu queimaduras de segundo grau em boa parte das costas, nas pernas e nos braços depois de ser atingida por uma solução com desinfetante, água sanitária, solvente e gasolina preparada pelos estudantes.
Priscila disse à polícia que três alunas faziam trote com garrafas contendo a solução nas mãos, mas só uma delas teria jogado o líquido sobre seu corpo. Depois de registrar queixa, a estudante disse que não pretende começar o curso agora, porque tem receio de ser retaliada pelos demais alunos. “Vou esperar pelo menos as manchas sumirem”, disse.
A direção da Funec já identificou a aluna que teria agredido Priscila e informou o nome à polícia. Em nota, vide texto abaixo, a instituição lamentou o ocorrido, disse que o “incidente” ocorreu do lado de fora da universidade e que só poderá tomar medidas punitivas, como expulsar a garota, depois que o inquérito que apura o caso for encerrado. Tanto os pais da vítima quanto os da acusada já contrataram advogados. Em depoimento informal, a veterana disse que não sabia que a solução que havia na garrafa era inflamável. Ela disse ainda que não preparou a mistura.
