sábado, 21 de setembro de 2024
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PM prende e Civil solta acusados de clonar cartões

A Polícia Militar de Rio Preto prendeu em flagrante, na manhã de domingo, dois irmãos W.N.G., 21, e W.N.G., 26, de São Paulo, acusados de clonar cartões bancários. Eles foram…

A Polícia Militar de Rio Preto prendeu em flagrante, na manhã de domingo, dois irmãos W.N.G., 21, e W.N.G., 26, de São Paulo, acusados de clonar cartões bancários. Eles foram detidos dentro de uma agência da Caixa Econômica Federal, no Centro, quando tentavam instalar um equipamento – apelidado de chupa-cabras- capaz de sugar os dados dos correntistas. Apesar de confessarem o crime, os irmãos foram liberados quatro horas depois pelo delegado Renato Pupo de Paula, que considerou que os dois não estavam em flagrante delito, apenas “preparavam o material para crime futuro” (leia abaixo). Por mês, o 1º Distrito Policial, região onde fica localizado o maior número de bancos da cidade, registra uma média de 50 boletins de ocorrência desse tipo de crime. Menos de 50% deles resultam em inquéritos para investigar e identificar os criminosos. A prisão aconteceu por volta do meio-dia. A PM foi acionada pela central da Caixa Econômica Federal, em Campinas, que detectou que os homens estavam em atitude suspeita dentro da agência da rua Bernardino de Campos.

Os irmãos W.N.G., 21, e W.N.G., 26, desviaram o foco da câmera de filmagem e mexiam nos caixas eletrônicos. Eles tentavam instalar um aparelho artesanal no caixa para captar os dados dos correntistas. Quando o cliente usa o equipamento, suas informações bancárias, como número da conta, do cartão e senha são automaticamente armazenados na memória do notebook dos golpistas. O aparelho é ligado na entrada do leitor de cartões. Com eles, os policiais apreenderam R$ 1.166 e três celulares. No carro deles encontraram outros apetrechos usados no golpe, como alicate, tesouras, monitor de vídeo, dois coletores de leitura de cartão magnético, 17 cartões, calculadora, cabos de transferência de dados e mais R$ 24.

Pupo de Paula chegou a registrou no boletim de ocorrência que os irmãos confessaram que copiavam os dados dos clientes. Depois, os dados eram inseridos em outros cartões e assim faziam saques em diversas partes do País. Eles estavam hospedados em um hotel em Rio Preto, onde os policias identificaram um terceiro integrante da suposta quadrilha. C.A.O.S. não estava no quarto e nem foi localizado.

O consultor Fernando Augusto Guerra, 33 anos, é uma das vítimas do cartão clonado. Ele descobriu o golpe no sábado de manhã, depois de ser informado por funcionários da agência que o cartão estava bloqueado. Guerra usou pela última vez o cartão no dia 18 de março. Ontem ele foi informado que os saques foram efetuados em Osasco. O banco deu prazo até amanhã para ressarcir o prejuízo. “Vou mudar de banco porque não quero mais ter dor de cabeça. Quero segurança”, disse Guerra.

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