Quase 200 presos conseguiram escapar só neste ano do Instituto Penal Agrícola de São José do Rio Preto. O local tem muros altos, cerca elétrica e monitoramento de vigilantes 24 horas por dia. Mesmo assim, quem mora perto do instituto vive com medo e não está livre do perigo. Em maio, chegou a ser registrado um sequestro-relâmpago na região.
Cansados da sensação de insegurança, moradores decidiram construir um muro com cerca de 500 metros de extensão no ponto que faz divisa entre o instituto e o bairro Tarraf. A obra não foi concluída por falta de recursos e a preocupação continua.
Só em janeiro de 2009, a média foi de duas fugas por dia do Instituto Penal Agrícola. Para o polícia o trabalho é redobrado. “Eles continuam efetuando crimes. A gente continua correndo atrás deles. Então, a gente tem que refazer todo um trabalho de campo que já foi feito. Multiplica o nosso trabalho e eleva o índice de criminalidade na rua“, denuncia o delegado Mauro Truzzi Otero.
A Secretaria da Segurança Pública informou que o instituto será desativado em 2010. Os detentos serão transferidos para um Centro de Progressão Penitenciária que ficará na cidade e ainda está sendo construído. A secretaria não informou quantos fugitivos foram recapturados este ano.