sábado, 21 de setembro de 2024
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PF prende acusado de pedofilia em Votuporanga

A Polícia Federal prendeu ontem um homem acusado de pedofilia em Votuporanga. A investigação que resultou na Operação Laio, da Polícia Federal, deflagrada ontem, indentificou 71 suspeitos de pedofilia no…

A Polícia Federal prendeu ontem um homem acusado de pedofilia em Votuporanga. A investigação que resultou na Operação Laio, da Polícia Federal, deflagrada ontem, indentificou 71 suspeitos de pedofilia no Brasil e no exterior. Através de um disco rígido apreendido na região de Campinas no ano passado e com o auxílio de adidos policiais brasileiros no exterior, a PF conseguiu identificar 60 suspeitos de pedofilia em 23 países. No Brasil, outros 11 suspeitos foram identificados em quatro Estados. Com 13 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, a PF conseguiu prender em flagrante sete pessoas com imagens e vídeos de pornografia infantil em seus computadores, nas cidades de Votuporanga, Paulínia, São Vicente, São Paulo, Piracicaba e Mauá, todas em São Paulo, além de uma prisão em Rio Acima, em Minas.

Os nomes dos suspeitos são mantidos em sigilo para investigação. De acordo com o delegado responsável pela operação, Jessé Coelho de Almeida, cada computador apreendido deve dar origem a um novo núcleo de investigação. No exterior, os suspeitos foram identificados nos Estados Unidos, na Alemanha, na Inglaterra, na França, no Canadá, na Austrália, nos Marrocos, na Bolívia, no México, na Bélgica, na China, na Colômbia, na Croácia, na Espanha, na Holanda, na Itália, na Noruega, em Portugal, na Romênia, na Suécia, na Suíça, na Tailândia e na Venezuela. As polícias desses países devem realizar operações semelhantes à que a PF realiza hoje para tentar prender essas pessoas. Segundo Almeida, as novas prisões só foram possíveis devido à nova lei que trata dos crimes de estupro —em vigor desde agosto—, que criminaliza a posse de material relacionado à pedofilia. Pela lei antiga, só era configurado crime se a pessoa estivesse transmitindo o material.

Com a nova lei, mesmo o equipamento desligado pode resultar em prisão em flagrante. Segundo a PF, os suspeitos presos hoje podem ser condenados a até oito anos de prisão. O delegado afirmou que novas prisões ainda podem ser feitas, em decorrência dos outros seis mandados de busca e apreensão que ainda devem ser cumpridos nesta terça-feira. “Quem usar a internet para cometer crimes, seja pedofilia ou qualquer outro, não ficará impune, pois com a internet não dá pra ficar anônimo”, acrescentou ele. A identificação do grupo aconteceu após a prisão, no ano passado, de um suspeito na cidade de Campinas. Ele possuía cerca de 100 gigabytes de material de pedofilia no computador e pertencia a um grupo fechado na internet destinado à veiculação de imagens e vídeos. De acordo com a PF, policiais utilizaram o disco rígido do computador do suspeito para identificar outros criminosos. Com autorização judicial, se conectaram ao grupo que mantinha a rede de compartilhamento —com membros brasileiros e estrangeiros— através do equipamento apreendido em Campinas.

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