sábado, 21 de setembro de 2024
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Agente do CRF é transferida após denúncias

A agente penitenciária Sueli de Fátima Dani, acusada de obrigar 12 detentas do Centro de Ressocialização Feminino (CRF) de Rio Preto a retirar tatuagens de henna usando produtos inadequados foi…

A agente penitenciária Sueli de Fátima Dani, acusada de obrigar 12 detentas do Centro de Ressocialização Feminino (CRF) de Rio Preto a retirar tatuagens de henna usando produtos inadequados foi transferida da unidade prisional para o Centro de Detenção Provisória (CDP). A determinação da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) foi publicada na edição de anteontem do “Diário Oficial do Estado”.

O nome de Sueli foi citado durante depoimento das presas ao juiz de Execuções Criminais e Corregedor de Presídios Zurich Oliva Costa Netto, em meados de dezembro. Elas contaram ao magistrado que foram obrigadas a remover as tatuagens sob pena de serem transferidas para outras unidades prisionais.

Em decorrência disso, as detentas sofreram lesões na pele semelhantes a queimaduras. Onze delas passaram por exame de corpo de delito. Os laudos que vão apontar a gravidade dos ferimentos ainda não foram divulgados.

Para o vice-coordenador da Pastoral Carcerária no Estado, frei Paulo Fernandes Batista, a transferência da agente é um passo importante para que o erro seja reparado, apesar de ele considerar a media como leve.

As tatuagens foram realizadas no dia 1º de dezembro do ano passado. A henna é uma espécie de tinta que leva cerca de uma semana para sair naturalmente do corpo. Segundo o relato das presas à Pastoral, cerca de 50 mulheres fizeram a tatuagem. Elas teriam sido obrigadas a retirá-las em 15 minutos, sob ameaça de serem transferidas ao regime fechado (penitenciária), diferente do adotado no CRF. as detentas ficaram desesperadas e utilizaram produtos como água sanitária e acetona.

A transferência de Sueli pode ser a resposta da apuração administrativa por parte da SAP. No entanto, a funcionária ainda pode responder a um inquérito criminal, aberto no 3º Distrito Policial de Rio Preto para apurar as denúncias. A Defensoria Pública também estuda a possibilidade de entrar com ação de indenização contra o Estado em favor das detentas.

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